O telescópio James Webb acaba de encontrar um planeta que arde a 1.800 °C e traz mais perguntas do que respostas

A descoberta nos ajuda a entender a atmosfera densa de um planeta rochoso extremo

16 dez 2025 - 08h18
(atualizado às 10h18)
Foto: Xataka

Até pouco tempo, a palavra "exoplaneta" parecia mais própria da especulação do que da astronomia. Isaac Newton já havia sugerido no Scholium Generale dos Principia Mathematica que as estrelas fixas poderiam ser o centro de sistemas similares ao nosso, mas a ciência levou séculos para comprovar isso. Só no final da década de 1980 começaram a surgir os primeiros sinais de planetas fora do Sistema Solar, e foi preciso esperar até 1992 para confirmar pela primeira vez a existência de mundos além do Sol, orbitando o pulsar PSR B1257+12.

Nas últimas décadas, o ritmo de descobertas disparou graças a instrumentos cada vez mais precisos, que nos permitiram localizar mundos tão estranhos quanto fascinantes. O telescópio espacial Kepler, por exemplo, identificou há mais de uma década o Kepler-16b, um planeta com "dois sóis" que lembra Tatooine, de Star Wars. Desde então, catalogamos uma enorme variedade de exoplanetas. 

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Agora, o telescópio James Webb apresenta uma descoberta especialmente chamativa: um mundo de lava em ebulição que, para surpresa dos astrônomos, é mais frio do que os modelos teóricos previam.

Um mundo extremo que questiona o que sabemos

Com um raio aproximadamente 1,4 vez o da Terra, TOI-561 b é uma superterra extrema que orbita uma estrela situada a cerca de 280 anos-luz, na constelação de Sextans. A NASA a descreve como o planeta mais interno de um sistema composto por quatro mundos, com uma peculiaridade imediata: completa uma órbita em menos de onze horas. Sua ...

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