Cientistas detectam sinal de 13 bilhões de anos de idade vindo do espaço

Essa observação histórica nos oferece um vislumbre inédito do universo quando ele tinha apenas 730 milhões de anos, ou seja, 5% de sua idade atual

17 dez 2025 - 11h21
(atualizado às 13h30)
Foto: Xataka

No dia 14 de março de 2025, o satélite franco-chinês SVOM (Space-based multi-band astronomical Variable Objects Monitor) detectou um surto de raios gama — basicamente, um clarão de energia colossal, com duração de cerca de 10 segundos. Esse tipo de sinal, batizado de GRB 250314A, é geralmente a assinatura do colapso de uma estrela massiva. A rapidez das equipes em solo foi exemplar para não perder o rastro desse evento fugaz.

Imediatamente, uma corrida de revezamento planetária foi acionada. Menos de duas horas após o alerta, o observatório Swift, da NASA, localizou a fonte, seguido por telescópios nas Ilhas Canárias e no Chile (VLT) para estimar a distância.

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O veredito veio rapidamente: estávamos diante de um objeto situado a uma distância fenomenal, exigindo o olhar aguçado do James Webb Space Telescope (JWST) para analisá-lo em detalhe. Andrew Levan, professor da Universidade Radboud e autor principal do estudo, destaca a importância desse instrumento:

"Apenas o Webb podia mostrar diretamente que essa luz vinha de uma supernova, ou seja, do colapso de uma estrela massiva. Essa observação também demonstra que podemos usar o Webb para encontrar estrelas individuais quando o universo tinha apenas 5% de sua idade atual."

Uma dilatação temporal alucinante

Se o surto inicial de raios gama durou apenas alguns segundos, observar a própria supernova exigiu paciência. Por quê? Por causa da expansão do universo. A luz dessa explosão foi tão "esticada" por sua viagem de 13 bilhões de ...

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