Em uma era dominada por rotinas extremas de exercícios, dietas milimetricamente calculadas e suplementos com nomes impronunciáveis, Dick Van Dyke surge como um elegante diferentão. Aos 100 anos, o lendário ator de Mary Poppins e tantos outros sucessos não aponta para um superalimento exótico nem para treinos diários extenuantes. Seu "segredo" é muito mais simples e talvez mais difícil de praticar: manter uma visão positiva da vida e, sobretudo, não alimentar a raiva. À primeira vista, pode soar como sabedoria de avô carismático. Mas a ciência vem, há décadas, acumulando evidências de que Van Dyke pode estar absolutamente certo.
Estudos mostram que longevidade é um quebra-cabeça complexo, formado por genética, ambiente e hábitos. Ainda assim, níveis baixos de estresse e uma postura otimista aparecem com frequência como peças-chave. Um dos exemplos mais famosos vem de um estudo iniciado nos anos 1930, quando 678 jovens freiras escreveram autobiografias ao ingressar em um convento. Sessenta anos depois, pesquisadores cruzaram esses textos com dados de saúde e expectativa de vida. O resultado foi contundente: aquelas que expressavam mais emoções positivas viveram, em média, dez anos a mais do que as colegas mais pessimistas.
Pesquisas mais recentes reforçam o padrão. Um estudo britânico indicou que pessoas otimistas vivem de 11% a 15% mais. Já uma análise de 2022, com cerca de 160 mil mulheres de diferentes origens étnicas, mostrou que as mais otimistas tinham muito mais chances ...
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