A versatilidade do Linux é algo comumente destacado por entusiastas, mas parece que realmente não há limite para o sistema operacional. O módulo Azure Sphere MT3620 da Microsoft tem apenas 4 MB de static RAM (SRAM), mas consegue rodar um Linux para a Internet das Coisas (IoT), enquanto o X1501 Pico SoM da SudoMaker oferece 8 MB de RAM e também tem o Sistema do Pinguim como plataforma — ah, e até roda Doom.
Linux em 4 MB de SRAM
Para começar, o projeto Azure Sphere da Microsoft é baseado no chip MT3620, que oferece uma variante de RAM mais rápida e de baixo consumo de energia. O MCU (microcontroller unit) libera 1 MB para ser usado como memória flash que se divide entre aplicativos de alto nível e em tempo real.
Seu sistema operacional é um Linux chamado de Azure Sphere OS, criado apenas para servir a recursos de comunicação e segurança entre dispositivos conectados, de IoT. Isso quer dizer que o MT3620 necessita ser acoplado a outro aparelho, como uma geladeira ou máquina de lavar, para cumprir seu propósito.
8 MB é mais poder
Já o X1501 Pico SoM, futura opção da empresa SudoMaker, pode ser considerado o menor SoM (System-on-Module) a rodar a versão principal do Linux. Seu processador é um InGenic X1501 que roda a 1 GHz e tem 8 MB de RAM — ao contrário dos 4 MB de SRAM do MT3620. Além disso, por ser um computador agrupado em um único módulo, o X1501 não precisa ser integrado a outro aparelho para funcionar.
O CTO da SudoMaker, Reimu NotMoe, publicou no X (antigo Twitter) que conseguiu rodar uma versão modificada do Linux 6.1 na pequena máquina. Ao ser questionado por seguidores sobre suporte para games na pequena notável, ele respondeu que "sim, [o X1501 Pico SoM] pode rodar Bad Apple e Doom, emuladores GBC, PICO-8 (via FAKE8) etc".
My heavily modified Linux 6.1 running on a 6x6mm chip which only has 8MB RAM.
It would be a lot easier if people use RAM wisely. pic.twitter.com/qBbqxnfRsG
— Reimu NotMoe 🏳️🌈 / 🖤🩶🤍💜 / 🖖 (@ReimuNotMoe) May 5, 2024
Infelizmente, nenhum vídeo mostrando os games foi publicado, então vale tratar as afirmações do desenvolvedor com um pé atrás.
Com o Linux dando as caras em máquinas com menor potência, vale aprender o que o SO tem a ver com o Unix e o macOS — vai que você se surpreende.
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