A região ativa AR 3664 está na foto destacada pela NASA nesta segunda-feira (13) em um clique feito por Marco Meniero em Roma, na Itália. As manchas solares ali são grandes o suficiente para serem vistas na superfície do Sol sem a necessidade de instrumentos que ampliem sua imagem.
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Pode até parecer que as manchas ali não são tão grandes, mas não se engane; na verdade, as manchas de AR 3664 equivalem a 15 vezes o tamanho da Terra. É possível vê-la com proteção adequada nos olhos, como óculos para a observação de eclipses solares.
Além de ser grande, a AR 3664 é bastante ativa. Foi ali que surgiu uma das áreas mais energéticas vistas no Sol nos últimos anos. A região liberou uma sequência de explosões que lançaram uma série de partículas energéticas em direção ao nosso planeta no fim de semana.
Quando chegaram aqui, as partículas geraram auroras boreais em lugares incomuns. Agora, a região de manchas está se afastando da Terra, mas pode ser que se mantenha por tempo suficiente para liberar mais partículas em nossa direção.
Uma curiosidade interessante é que a mancha solar AR 3664 tem quase o mesmo tamanho daquela que causou o Evento de Carrington, uma das tempestades solares mais fortes da história.
Tempestade solar extrema
Nosso planeta acaba de passar pela tempestade geomagnética mais forte dos últimos 21 anos. O evento começou na sexta (10) e continuou até o início da madrugada de segunda (13) após erupções solares e pelo menos cinco ejeções de massa coronal atingirem o campo magnético terrestre.
Todas vieram da região ativa AR 3664 e a maior parte delas era da classe X, categoria que inclui o tipo mais poderoso de explosões solares. O impacto das ejeções de massa coronal afetou temporariamente o campo magnético da Terra, permitindo que as partículas do Sol atravessassem a atmosfera e interagissem com as moléculas gasosas. Foi assim que apareceram auroras na Europa e até na Argentina.
O evento foi classificado como G5, categoria que inclui as tempestades solares consideradas extremas. Além das auroras, a tempestade causou problemas em satélites e afetou o funcionamento de equipamentos nos Estados Unidos e no Canadá.
Fonte: APOD
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