Estudo nega ligação entre uso de paracetamol na gravidez e risco de autismo

Pesquisadores alegaram que há 'falta de evidências robustas'

10 nov 2025 - 16h39
(atualizado às 16h40)

Um estudo publicado nesta segunda-feira (10), no Reino Unido, apontou que, até o momento, não é possível estabelecer uma ligação clara entre o uso de paracetamol durante a gravidez e o desenvolvimento de autismo ou TDAH em crianças.

Pesquisadores alegaram que há 'falta de evidências robustas'
Pesquisadores alegaram que há 'falta de evidências robustas'
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Os pesquisadores da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, constataram que a confiabilidade das conclusões de nove revisões sobre o tema era baixa e sugeriram que qualquer efeito aparente observado em estudos anteriores pode ter sido influenciado por fatores genéticos e ambientais comuns dentro das famílias.

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Os responsáveis pelo estudo, publicado no British Medical Journal (BMJ), acrescentaram que o paracetamol continua sendo o tratamento recomendado para dor e febre durante a gravidez, sendo considerado seguro por agências reguladoras em todo o mundo.

Os cientistas realizaram uma análise de grandes conjuntos de dados para avaliar a qualidade e a validade geral das evidências existentes, bem como a força da associação entre o uso do medicamento e o risco de desenvolvimento de autismo ou TDAH durante a gestação. A pesquisa, contudo, destacou a "falta de evidências robustas".

Em setembro, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) afirmou que o paracetamol pode continuar sendo usado por mulheres grávidas.

Na ocasião, o posicionamento foi divulgado após o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter declarado, sem apresentar provas, que o uso do analgésico Tylenol, produzido pela farmacêutica Kenvue, aumentaria o risco de autismo em bebês. .

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