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Qual o futuro da ONG Meninos da Billings sem Ferruge

Corpo do ambientalista foi encontrado às margens de represa, no Grajaú, periferia do extremo sul da capital, no mês passado

22 set 2022 - 05h00
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O corpo de Ferruge foi encontrado na represa em agosto
O corpo de Ferruge foi encontrado na represa em agosto
Foto: Reprodução/Instagram

Pouco mais de um mês após a morte do ambientalista Adolfo Souza Duarte, o Ferruge, de 41 anos, muitos se perguntam qual será o futuro da ONG Meninos da Billings, criada por ele com o objetivo de preservação e defesa da represa e do seu entorno. 

Ao Visão do Corre, a esposa do educador ambiental, Uiara Duarte, 39, revelou quais são os planos para dar continuidade ao legado deixado por Ferruge. 

A princípio, segundo ela, uma regulamentação de documentos da ONG com a nova diretoria e membros está sendo realizada. A ideia da família é seguir com novos projetos e dar continuidade aos que já estavam em andamento. 

“Sempre será importante manter esse legado como principalmente o olhar do Ferruge, que lutava por nossa região, para dar aos moradores a possibilidade de melhorias e sustentabilidade”, disse Uiara. 

Ela também revela que a ONG está passando por mudanças e, no momento, o recurso financeiro tem dificultado essa retomada. “Não temos. Nem das parcerias privadas e muito menos do governo. Por isso lutamos para termos esses acessos e dar qualidade aos projetos da Meninos da Billings”. 

Para Uiara, as parcerias com escolas públicas são importantes para o desenvolvimento de pautas sociais que envolvem jovens da periferia, e é o foco principal na ONG Meninos da Billings: continuar com o trabalho de educação na comunidade. 

Relembre o caso

O corpo do ambientalista foi encontrado por pescadores na manhã do dia 6 de agosto, sábado, na represa Billings. Ferruge, como é conhecido na região, estava desaparecido desde a noite da segunda-feira anterior (1) quando, segundo relatos de testemunhas caiu de um barco na represa, e não foi mais visto. 

De acordo com o boletim de ocorrência feito no dia do desaparecimento, um grupo de quatro pessoas que frequentava um bar às margens da Billings contratou um passeio de barco dirigido por Duarte por volta das 19h30. Ao final do passeio, o barco teria dado um tranco, jogando o ambientalista e uma passageira na água. A mulher foi resgatada pelos demais passageiros que não teriam encontrado o condutor.

Os laudos da investigação desmentiram a versão das testemunhas e agora suspeitos. De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML), Adolfo morreu por asfixia mecânica, e não por afogamento conforme levantado pelos jovens. Uma marca que aponta para o resultado foi encontrada no seu pescoço.

Já no laudo do Instituto de Criminalística, que analisou o barco de Duarte, foi colocado que não ocorreu nenhum tranco no veículo como dito pelos quatro jovens, que negam qualquer agressão ou intenção de matar a vítima. 

Com isso, a Justiça de São Paulo determinou a prisão dos quatro jovens que estavam no passeio de barco com o ambientalista. A defesa dos jovens diz que a prisão é injusta e que a morte do ambientalista não passou de um acidente.

A Justiça agora investiga a morte de Ferruge como homicídio qualificado e decretou sigilo na investigação.

Fonte: Visão do Corre
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