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Projeto social na região da Cracolândia pode ser desocupado no dia de Natal

Grupo teatral que coordena espaço em São Paulo obteve liminar que garante a permanência somente até 25 de dezembro de 2025

19 dez 2025 - 05h59
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Resumo
O Teatro de Contêiner, projeto social na Cracolândia, enfrenta possível desocupação em 25 de dezembro de 2025, com impasse financeiro e burocrático sobre a transferência para área oferecida pela Prefeitura de São Paulo.
O Teatro de Contêiner foi inaugurado em 2016 na região central de São Paulo em área historicamente marcada pela vulnerabilidade social.
O Teatro de Contêiner foi inaugurado em 2016 na região central de São Paulo em área historicamente marcada pela vulnerabilidade social.
Foto: Paulo Pinto/AB

O Teatro de Contêiner pode ter de desocupar, exatamente em 25 de dezembro de 2025, o terreno que ocupa na região central de São Paulo, pois vence no Natal a liminar que garante sua permanência no local, ocupado por uma impressionante estrutura composta por 16 contêineres.

Eles compõem o espaço administrado pela Cia. Mungunzá de Teatro, um espaço que é também reconhecido pelo ousado projeto arquitetônico. O projeto social, que começou em 2016, acontece na região nacionalmente conhecida como Cracolândia, centrão da capital paulista.

A estrutura de contêineres está sobre um terreno da Prefeitura, que solicitou a retomada da área em maio. O projeto social obteve liminar garantindo a permanência até 25 de dezembro de 2025, prorrogando o prazo inicial da desocupação. “Não temos recursos para a transferência”, resume Marcos Felipe, integrante da Cia. Mungunzá.

A arquitetura do Teatro de Contêiner rompeu padrões com um equipamento cultural sustentável e acessível, em um terreno antes abandonado.
A arquitetura do Teatro de Contêiner rompeu padrões com um equipamento cultural sustentável e acessível, em um terreno antes abandonado.
Foto: Alécio Cezar

O impasse entre o Teatro de Contêiner e a Prefeitura

A Prefeitura de São Paulo ofereceu um novo terreno para a remontagem do Teatro de Contêiner. A Cia. Mungunzá aceitou, mas afirma não ter dinheiro para a transferência da estrutura. A Prefeitura ofereceu R$ 100 mil, o grupo diz que custa R$ 2 milhões e alega ter feito outros pedidos, como a cessão do terreno por 30 anos.

O Teatro de Contêiner reclama que não conseguiu aumentar o terreno cedido, onde poderia ser instalada uma praça, nem obteve fornecimento de água, energia elétrica e inclusão em programas da Prefeitura. O galpão vizinho, para armazenar equipamentos e cenários durante a reconstrução, não foi emprestado.

“Se a Prefeitura não se sensibilizar com esse tema, se não nos chamar para construir uma solução justa para essa mudança, só nos resta esperar a polícia e os tratores para nos destruírem de forma sumária, para dar lugar a mais um prédio na cidade de São Paulo”, diz Marcos Felipe.

Com quase uma década de atuação, Teatro de Contêiner ofertou mais de 4000 atividades artístico-sociais para população, gratuitamente.
Com quase uma década de atuação, Teatro de Contêiner ofertou mais de 4000 atividades artístico-sociais para população, gratuitamente.
Foto: Divulgação

O que diz a Prefeitura

Em nota, a Prefeitura de São Paulo afirma que não se comprometeu a custear a desmontagem e remontagem do Teatro de Contêiner em novo endereço e desconhece qualquer orçamento que indique custo de R$ 2 milhões para a mudança.

Afirma ainda que o projeto social “não cumpriu até hoje as formalidades em relação a área oferecida na Rua Helvetia e, perto do prazo final determinado pela Justiça, age para criar obstáculos para desocupação da área da rua dos Gusmões”.

A Prefeitura “não descarta tomar as medidas para que a decisão da Justiça de desocupação do terreno seja cumprida”. A nota informa que a elaboração de projeto de lei de cessão da nova área ao grupo teatral mediante aprovação da Câmara Municipal está sendo considerada.

Fonte: Visão do Corre
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