Presos plantarão 200 mil mudas para reflorestar região degradada no RJ
Produção de viveiro em presídio de Itaperuna, com clima semiárido, vai reflorestar matas ciliares no Noroeste Fluminense
Detentos do programa Replantando Vida plantarão 200 mil mudas por ano em viveiro inaugurado no presídio de Itaperuna, no RJ, para reflorestar regiões degradadas com baixo índice de cobertura florestal.
Está inaugurado o oitavo viveiro florestal do programa Replantando Vida, no Rio de Janeiro. A nova unidade, no presídio Norberto Ferreira de Moraes, em Itaperuna, será a terceira em uma instalação prisional e vai produzir até 200 mil mudas nativas da Mata Atlântica por ano.
Agora, o programa da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) passa a ter capacidade de produzir 2,4 milhões de mudas por ano em todos os berçários. Além de Itaperuna, existem viveiros em Resende, na penitenciária Luís Fernandes Bandeira Duarte, e em Magé, na colônia agrícola Marco Aurélio Vergas Tavares de Mattos.
A instalação do novo canteiro é estratégica na região, pois o Noroeste Fluminense tem apenas 5% de cobertura florestal e grandes áreas degradadas. O viveiro e a instalação de duas bases florestais vão acelerar as metas de restauração. “Devido à degradação, Itaperuna tem um clima análogo ao semiárido”, diz Allan Borges, da Cedae.
O programa Replantando Vida é o maior empregador de mão de obra prisional no país. Atualmente, conta com a participação de 556 apenados. Na unidade de Itaperuna, mais 15 detentos atuarão na produção das mudas. Outros 40 serão mobilizados para atividades de plantio em áreas de restauração da companhia.
Em 24 anos de atividade, o Replantando Vida plantou 4,5 milhões de mudas nativas da Mata Atlântica e restaurou 2 mil hectares de áreas prioritárias para a proteção dos recursos hídricos, empregando mais de 6 mil pessoas em privação de liberdade.
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