Script = https://s1.trrsf.com/update-1765905308/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Como fotos em minidoors, jovens inovam em exposição no complexo da Maré

Juventude negra expõe 30 imagens até a véspera do Natal, em suportes distribuídos por ruas, vielas e escadões da comunidade

16 dez 2025 - 15h23
Compartilhar
Exibir comentários
Resumo
Jovens da Maré realizam a exposição "Olhares Negros" com 30 fotos espalhadas em minidoors pela comunidade, promovendo acesso à arte, representatividade e transformação pessoal até o dia 24 de dezembro.
A paisagem do complexo de favelas da Maré é alterada com minidoors das fotografias que compõem a exposição de 20 jovens.
A paisagem do complexo de favelas da Maré é alterada com minidoors das fotografias que compõem a exposição de 20 jovens.
Foto: Matheus de Araujo/ONG Luta Pela Paz

Vinte jovens da Maré apresentam fotografias que retratam o cotidiano da comunidade na exposição Olhares Negros, de forma diferente: por meio de 30 minidoors espalhados pelo complexo de favelas da zona norte do Rio de Janeiro.

As fotos são resultado das oficinas promovidas pela ONG Luta Pela Paz e estarão expostas até 24 de dezembro. A iniciativa busca democratizar o acesso à arte e a população pode encontrar os minidoors em ruas como a Principal, São Jorge, Joaquim Nabuco, do Campo, Maçaranduba e Teixeira Ribeiro.

Para Samantha Oliveira, uma das artistas da mostra, a exposição contribui para mudar a imagem estigmatizada da favela. “É um lugar onde também existe a exposição de obras artísticas, existe o levante de pessoas a fim de trazer cultura e arte para comunidade e de incentivar a esperança dos jovens do território”.

Em trinta pontos do complexo de favelas da Maré, as imagens resgatam a memória coletiva da comunidade e da trajetória dos moradores.
Em trinta pontos do complexo de favelas da Maré, as imagens resgatam a memória coletiva da comunidade e da trajetória dos moradores.
Foto: Matheus de Araujo/ONG Luta Pela Paz

Maré: representatividade e sensibilidade na fotografia

“Para mim, é extremamente importante participar da exposição com um autorretrato representando outras mulheres negras e trans como eu, que não têm, sequer, a perspectiva de viver da arte, de fazer arte, de ser reconhecida através das suas obras”, diz Samantha Oliveira, uma das integrantes do projeto.

A jovem de 25 anos, natural do Maranhão, veio para o Rio por causa da transfobia que vivia e da vontade de ocupar novos espaços. As fotografias transformam pessoas como Samantha, e famílias, como a de Gustavo “Gugah”, um dos alunos.

“Entrei para o projeto como um Gustavo e estou saindo como outro. Esse processo de três meses mudou todos nós, tanto alunos quanto os professores. Foi muito bonito, rico de conhecimento e histórico. Quando olhamos para trás, temos orgulho de nos ver, nos sentimos emocionados. É muito lindo.”

A representatividade LGBT também compõe o conjunto de imagens. Ideia é inclusão democrática de olhares, com a diversidade da favela.
A representatividade LGBT também compõe o conjunto de imagens. Ideia é inclusão democrática de olhares, com a diversidade da favela.
Foto: Matheus de Araujo/ONG Luta Pela Paz

Ensino de fotografia não é só técnica, é despertar para sensibilidade

Ao longo das aulas, participantes foram estimulados a desenvolver a criatividade e a ampliar visões de futuro. A aluna Duda Braga afirma ter aprendido habilidades técnicas, mas, também, sobre sensibilidade.

“Transformar as vivências em imagens dá medo porque, muitas vezes, o que estamos vivendo, não conseguimos fotografar. Mas, quando eu tirei a foto que está na exposição, o sentimento que ela me transmitiu – e transmite até hoje – é de paz, tranquilidade e sabedoria”, diz Duda.

Segundo a mãe dela, “é muito gratificante a gente saber que na nossa comunidade tem um projeto tão bom, que abre essas portas para nossos jovens. Eu fiquei muito orgulhosa, é muito gratificante ver ela chegar aonde está chegando”, afirma Priscila Braga.

Fonte: Visão do Corre
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade