PUBLICIDADE
URGENTE
Saiba como doar qualquer valor para o PIX oficial do Rio Grande do Sul

Pessoas buscam água em bica na periferia de Porto Alegre

Em nascente que não foi destruída pela chuva, há fila de duas horas para conseguir água para higiene, beber e cozinhar

7 mai 2024 - 15h13
(atualizado às 15h34)
Compartilhar
Exibir comentários
Resumo
Em morro da zona leste atingido pelas chuvas, mas que não teve enchente, uma nascente está abastecendo a população com água. Segundo ativista, é uma ironia: um local preservado na periferia fornecendo água para quem nunca esteve lá, prova que a preservação ambiental tem sentido.
Alex Pantera conseguiu 40 litros de água na bica do Morro Santana. Vai levar os dois recipientes para o morro ao lado, Bom Jesus
Alex Pantera conseguiu 40 litros de água na bica do Morro Santana. Vai levar os dois recipientes para o morro ao lado, Bom Jesus
Foto: Cristina Medeiros

Em nascente no Morro Santana, periferia de Porto Alegre, no ponto mais alto da cidade, a população pega água para beber, cozinhar e se higienizar. As pessoas se aglomeram no beco Souza Costa, rua de terra em lugar preservado e calmo na zona leste, agora tomada por gente com sede, carros e vasilhames.

Por volta de meio dia de 7 de maio, havia 15 veículos e uma espera de duas horas para conseguir água. No começo da tarde, chegava gente de todas as regiões de Porto Alegre. Além de carros, vinham a pé e a cavalo.

Alex Pantera conseguiu 40 litros de água, em dois recipientes. Ele e sua esposa, Cristina Medeiros, levaram a água para o Morro Bom Jesus, ao lado, onde ela preside o Centro de Educação Ambiental (CEA).

Na manhã de 7 de maio, a espera era de duas horas na fila para conseguir água da bica do Morro Santana
Na manhã de 7 de maio, a espera era de duas horas na fila para conseguir água da bica do Morro Santana
Foto: Cristina Medeiros

Com 28 anos de existência, o CEA é um ponto de solidariedade às vítimas das chuvas na zona leste. “Quem está atendendo a população são as organizações da sociedade civil, assim como foi na pandemia”, diz a ativista.

Segundo ela, é uma sorte e uma ironia as bicas fornecendo água em locais periféricos, no alto dos morros. As nascentes estão abastecendo quem nunca esteve nesses locais e provando que a preservação da natureza tem sentido.

Fonte: Visão do Corre
Compartilhar
Publicidade
Publicidade