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Penha e Alemão: origem, número de moradores, crias e uma chacina histórica em 2022

Os complexos ficam na Zona Norte. Na Penha, ocorreu o que foi a segunda maior chacina do Rio de Janeiro, com 25 mortos

29 out 2025 - 19h10
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Resumo
Segundo a prefeitura, o Complexo do Alemão tem 54 mil habitantes, e a Penha, 58 mil. Foi na Penha que nasceu o atacante Adriano Imperador. Já o homem que deu origem ao nome do complexo vizinho não era alemão.
Corpos são retirados do Complexo da Penha, no Rio de Janeiro, na maior chacina da história, com 132 mortos.
Corpos são retirados do Complexo da Penha, no Rio de Janeiro, na maior chacina da história, com 132 mortos.
Foto: Tomaz Silva/AB

Cenário da operação policial que já resultou em 132 mortos, os conjuntos de favelas da Penha e do Alemão, vizinhos, somam mais de 112 mil moradores, segundo o Data Rio, banco de dados oficiais. Localizados na Zona Norte do Rio de Janeiro, os complexos ficam próximos do Aeroporto Internacional do Galeão, o Tom Jobim.

A ocupação do Complexo da Penha, formado por 13 comunidades, começou no final do século XIX, em um quilombo administrado por um padre chamado Ricardo. Para chegar ao Morro da Serrinha, negras e negros fugidos passavam pelos morros do Alemão, da Fé e do Juramento.

No alto, Igreja da Penha. Morro abrigava quilombo no século 19. Com o crescimento, surgiram favelas como Vila Cruzeiro.
No alto, Igreja da Penha. Morro abrigava quilombo no século 19. Com o crescimento, surgiram favelas como Vila Cruzeiro.
Foto: Rio Antigo

Antes de se tornar favela, o local era conhecido como Quilombo da Penha. A Festa da Penha foi fundamental para a produção e difusão da música e da cultura negras. O primeiro samba gravado no Brasil, Pelo Telefone, em 1916, foi “concretizado em uma dessas festas” da Penha.

Na Vila Cruzeiro, uma das comunidades do Complexo da Penha, nasceu Adriano Leite Ribeiro, o atacante Imperador, em 1982. Quarenta anos depois, na mesma Vila Cruzeiro, ocorreu o que foi, até então, a segunda maior chacina da história do Rio de Janeiro, com 25 mortos. O governador Cláudio Castro declarou que as mortes foram um “efeito colateral” da operação policial.

O futebol na Vila Cruzeiro sempre foi importante para a comunidade e preparou o terreno para o surgimento de Adriano, o Imperador.
O futebol na Vila Cruzeiro sempre foi importante para a comunidade e preparou o terreno para o surgimento de Adriano, o Imperador.
Foto: Facebook Vila Cruzeiro

Por que o Complexo do Alemão tem esse nome?

O Complexo do Alemão recebeu esse nome por causa de um imigrante polonês que chegou ao Rio durante a 1ª Guerra Mundial. Leonard Kaczmarkiewicz adquiriu terras na Serra da Misericórdia, uma região rural. Os moradores achavam difícil pronunciar seu nome e passaram a chamá-lo de “alemão”, embora ele fosse polonês.

O apelido estava criado, gerando algumas confusões. Uma delas precisa ser sempre esclarecida: entre as 15 favelas que compõem o Complexo do Alemão, há uma chamada Morro do Alemão, com 10.455 moradores, segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Visão clássica da favela no Morro do Alemão: imensidão horizontal de casas com as caixas d´água azuis.
Visão clássica da favela no Morro do Alemão: imensidão horizontal de casas com as caixas d´água azuis.
Foto: Fábio Costa

Um forte impulso de desenvolvimento ocorreu em 1946, com a abertura da Avenida Brasil. A região se tornou o principal polo industrial da cidade. Outro marco histórico foi em 1951, quando o mesmo Leonard, o polonês chamado de “alemão”, dividiu sua propriedade em lotes para venda. População, comércio e indústria cresceram ainda mais.

Surgiram as comunidades Morro do Alemão, da Esperança, dos Mineiros e do Relicário. Em 1961, foi ocupado o Morro da Baiana e, a partir da década de 1970, nasceram a Fazendinha e o Reservatório de Ramos. O bairro foi oficializado em 9 de dezembro de 1993, “em homenagem ao primeiro dia da divisão dos terrenos”, segundo documento da Prefeitura.

Fonte: Visão do Corre
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