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Saiba como é feita a gordura vegetal hidrogenada e seus riscos

O processo de obtenção da gordura vegetal hidrogenada envolve uma transformação química dos óleos vegetais líquidos em uma substância sólida ou semissólida. O debate em torno de seu impacto na saúde segue constante nos meios científicos e midiáticos.

23 out 2025 - 13h30
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A produção da gordura vegetal hidrogenada teve grande influência na indústria alimentícia a partir do século XX. Surgindo como uma alternativa à manteiga de origem animal, esse tipo de gordura passou a integrar receitas de pães, bolachas, margarinas e outros produtos industrializados. O interesse pela gordura hidrogenada se deu principalmente pela sua textura, durabilidade e baixo custo para fabricantes. Entretanto, o debate em torno de seu impacto na saúde segue constante nos meios científicos e midiáticos.

O processo de obtenção dessa gordura envolve uma transformação química dos óleos vegetais líquidos em uma substância sólida ou semissólida. Além de proporcionar consistência, o método de hidrogenação prolonga a validade dos alimentos e favorece o manuseio industrial. No entanto, a conversa sobre os potenciais riscos dessa modificação tem ganhado espaço. Em especial, devido à presença de gorduras trans, associadas a questões preocupantes para a saúde pública.

Estudos apontam que a ingestão prolongada dessas gorduras está associada ao aumento do colesterol LDL (conhecido como colesterol “ruim”) e à redução do HDL, o colesterol “bom” – depositphotos.com / pixologic
Estudos apontam que a ingestão prolongada dessas gorduras está associada ao aumento do colesterol LDL (conhecido como colesterol “ruim”) e à redução do HDL, o colesterol “bom” – depositphotos.com / pixologic
Foto: Giro 10

Como é a fabricação da gordura vegetal hidrogenada?

A obtenção da gordura vegetal hidrogenada ocorre através de um processo denominado hidrogenação. Nessa técnica, óleos vegetais como soja, milho ou palma são submetidos à ação de hidrogênio sob alta pressão e temperatura, na presença de um catalisador, frequentemente níquel. Assim, esse procedimento altera a estrutura molecular dos ácidos graxos insaturados, convertendo-os em compostos saturados ou parcialmente saturados. Isso torna a gordura sólida à temperatura ambiente.

Durante a hidrogenação, ocorre uma transformação que pode gerar ácidos graxos trans, espécies químicas diferentes das encontradas naturalmente em alimentos de origem animal. A principal motivação para empregar esse método é a adaptação dos óleos para utilização na indústria alimentícia, garantindo textura homogênea, resistência à oxidação e sabor neutro. Ademais, a indústria também considera o baixo preço, já que óleos vegetais hidrogenados são mais baratos do que muitas gorduras animais.

Por que o consumo de gordura vegetal hidrogenada preocupa?

A principal razão para a preocupação com a gordura vegetal hidrogenada está relacionada à presença dos ácidos graxos trans formados durante a hidrogenação. Estudos apontam que a ingestão prolongada dessas gorduras está associada ao aumento do colesterol LDL (conhecido como colesterol "ruim") e à redução do HDL, o colesterol "bom". Assim, essas alterações elevam o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral, além de contribuir para processos inflamatórios sistêmicos.

Diversos órgãos regulatórios ao redor do mundo, como a Anvisa e a Organização Mundial da Saúde, alertam sobre o consumo desse tipo de gordura e recomendam sua restrição. Em especial em populações com maior risco de doenças do coração. O tema influencia legislações: vários países criaram normas para limitar ou até banir a gordura trans de produtos alimentícios, incentivando a reformulação de receitas industriais.

Uma alternativa saudável é o uso de óleos vegetais não hidrogenados, como o óleo de girassol, canola e oliva, que preservam as características naturais e possuem maior quantidade de ácidos graxos insaturados – depositphotos.com / Sasajo
Uma alternativa saudável é o uso de óleos vegetais não hidrogenados, como o óleo de girassol, canola e oliva, que preservam as características naturais e possuem maior quantidade de ácidos graxos insaturados – depositphotos.com / Sasajo
Foto: Giro 10

Quais alternativas vêm sendo utilizadas pela indústria alimentícia?

Nos últimos anos, as empresas alimentícias têm investido em soluções para substituir a gordura vegetal hidrogenada, buscando ingredientes com menor impacto negativo para a saúde. Entre as opções, destacam-se óleos vegetais não hidrogenados, uso de gorduras interesterificadas e inclusão de novas técnicas para modificar a estrutura dos lipídeos sem formação de trans. O desafio está em manter a textura e o sabor desejados, ao mesmo tempo em que se atende às exigências regulatórias e à demanda dos consumidores por produtos mais seguros.

  • Óleos vegetais não hidrogenados: como o óleo de girassol, canola e oliva, que preservam as características naturais e possuem maior quantidade de ácidos graxos insaturados.
  • Gorduras interesterificadas: produzidas por um processo diferente da hidrogenação, alterando a disposição dos ácidos graxos sem gerar trans.
  • Reformulação de receitas: adaptação de fórmulas para não exigir a mesma consistência de gordura hidrogenada.

No cenário atual, a busca por alternativas mais seguras e saudáveis deve continuar avançando, acompanhando o desenvolvimento de pesquisas científicas e a exigência de transparência nas informações sobre os produtos. Dessa forma, consumidores encontram cada vez mais opções com menor teor de gorduras trans nas prateleiras, tornando possível uma alimentação mais equilibrada e alinhada às recomendações de saúde.

Giro 10
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