Cirurgia plástica robótica na face: mais precisão em resultados de liftings
Além da Medicina Regenerativa, outra novidade importante dos últimos anos é a Cirurgia Robótica. Utilizada em especialidades como Urologia, Gastrocirurgia e Ortopedia, a técnica chegou às cirurgias plásticas faciais primeiramente utilizada em microcirurgias, reconstruções de cabeça e pescoço, reconstrução mamária e correção de diástase do abdômen.
“Agora, a estratégia é utilizá-las em cirurgias da face, como os liftings. O robô é usado pra dar mais precisão na cirurgia. Ele magnifica a imagem, confere visualização em 3D para o cirurgião e elimina os tremores que o profissional poderia ter”, explica o cirurgião plástico Paolo Rubez, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
“É importante enfatizar que o nome ‘robótica’ refere-se ao robô que é comandado pelo cirurgião plástico. Ou seja, ele é apenas a extensão do braço do especialista. Toda a cirurgia ainda é comandada pelo médico especialista e não por inteligência artificial”, completa o médico, que concluiu a certificação em cirurgia robótica.
Usada nas cirurgias que envolvem cavidades, como a de abdômen e de tórax, a cirurgia robótica ainda é pouco explorada na cirurgia plástica, que envolve tecidos mais superficiais. De acordo com o médico, o grande benefício para o paciente e o médico está na questão da segurança. “A ideia é que a magnificação da imagem vai permitir mais segurança na cirurgia na medida em que melhora a visualização dos nervos da face”, explica o cirurgião plástico. “Além disso, podemos ter benefícios como maior precisão e cicatrizes mais discretas”, acrescenta Paolo Rubez.