Outubro Rosa: campanha ressalta a importância da prevenção do câncer de mama
Outubro Rosa 2025 reforça a importância do diagnóstico precoce e do autocuidado; saiba como pequenos gestos podem fazer toda a diferença na prevenção do câncer de mama
O mês de outubro chega novamente e, com ele, o convite para olhar com mais atenção para a própria saúde. Criado na década de 1990, o movimento Outubro Rosa nasceu para conscientizar mulheres (e também homens) sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama, uma das doenças que mais afetam mulheres no mundo todo.
Mais do que uma campanha, o Outubro Rosa é um chamado ao autocuidado, à informação e à esperança. Detectar o câncer ainda nos estágios iniciais pode aumentar consideravelmente as chances de cura e permitir tratamentos menos invasivos. Por isso, ao longo de todo o mês, instituições de saúde, empresas e comunidades se unem para lembrar que cuidar de si mesma é um ato de amor e de coragem.
O que é o Outubro Rosa?
O movimento teve início nos Estados Unidos, em 1991, quando a Fundação Susan G. Komen for the Cure distribuiu laços cor-de-rosa durante uma corrida pela cura do câncer de mama em Nova York. O gesto simbólico se transformou em um ícone mundial de solidariedade e conscientização. Poucos anos depois, cidades americanas começaram a promover eventos e iluminar monumentos de rosa, dando origem à campanha que hoje se espalha por todos os continentes.
No Brasil, a primeira ação aconteceu em 2002, quando o Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, foi iluminado com luz rosa. Desde então, o movimento se consolidou no país, unindo governos, organizações e a sociedade civil em torno de uma causa comum: estimular o autocuidado e o diagnóstico precoce.
A importância da prevenção e do diagnóstico precoce
O câncer de mama é o tipo mais frequente entre as mulheres, representando quase um quarto dos novos casos de câncer diagnosticados a cada ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Apesar dos números preocupantes, há uma boa notícia: a detecção precoce salva vidas.
Quando o tumor é identificado em estágio inicial, as chances de sucesso no tratamento chegam a 90%. A mamografia, exame de imagem que detecta alterações ainda invisíveis ao toque, é a principal ferramenta para isso. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que o exame regular pode reduzir a mortalidade por câncer de mama em até 30% entre mulheres de 50 a 69 anos.
A recomendação é que mulheres a partir dos 40 anos façam mamografias anuais, ou conforme orientação médica. Além disso, manter o hábito de observar e conhecer o próprio corpo é fundamental.
O poder do autoexame e do olhar atento
O autoexame das mamas continua sendo uma prática essencial, embora não substitua os exames clínicos. Ele ajuda a mulher a conhecer melhor o próprio corpo e perceber mudanças precoces. O ideal é fazê-lo uma vez por mês, de preferência uma semana após o ciclo menstrual, observando possíveis nódulos, secreções, inchaços ou alterações na pele. Ao notar qualquer diferença, é fundamental procurar um profissional de saúde. O diagnóstico rápido é a principal chave para um tratamento eficaz e menos agressivo.
Hábitos que protegem
Além dos exames, estilo de vida e alimentação desempenham um papel importante na prevenção. Especialistas apontam que manter uma dieta equilibrada, praticar atividade física regularmente, evitar o consumo excessivo de álcool, controlar o peso corporal e amamentar quando possível são atitudes que ajudam a reduzir o risco de desenvolver a doença. Esses hábitos simples fortalecem o sistema imunológico e ajudam o organismo a funcionar melhor - um lembrete de que autocuidado é, também, prevenção ativa.