Script = https://s1.trrsf.com/update-1754487910/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

vc repórter: com doença auto-imune, mulher tatua cabelos na cabeça

8 dez 2012 - 11h49
(atualizado às 11h49)
Compartilhar
Exibir comentários

Cansada de usar lenços e chapéus para esconder a falta de cabelos por conta de uma doença auto-imune, Alzira Cristian Meira Ramos, 50 anos, moradora do município de Ibitinga, localizada a 360 km de São Paulo, decidiu tomar uma atitude drástica e permanente. Ela sofre de lúpus sistêmico que, em seu caso, ataca a pele e os cabelos. Após pensar bastante no caso, ela tomou coragem e decidiu fazer uma tatuagem na cabeça, como se cabelos naturais estivessem saindo de seu couro cabeludo.

Alzira disse que estava cansada de usar lenços e chapéus para esconder a falta de cabelos
Alzira disse que estava cansada de usar lenços e chapéus para esconder a falta de cabelos
Foto: Ximba Tattoo / Divulgação

“Sempre usei lenço, chapéus e cansei. Fiz essa tatuagem em julho deste ano. Tinha visto uma modelo que havia feito com rena e mostrei a foto para o Ximba (tatuador), que fez a tatuagem ficar perfeita. Amei o resultado. Melhorou 70% minha auto-estima. Quando você sai careca na rua as pessoas têm preconceito, mas assim todo mundo acha lindo”, afirmou Alzira.

O autor da obra de arte foi o tatuador Leandro Manchini de Souza Lima, 30 anos, no ramo há nove anos. Apelidado de Ximbica, ele possui um estúdio chamado Ximba Tattoo e admitiu que foi o trabalho mais diferente que já fez em toda sua carreira.

“Foi difícil por um lado porque foi muito trabalhoso, demorado. Foram quatro horas para riscar o desenho e outras seis horas para pintar. Ela quis fazer em duas sessões, foi muito corajosa”, afirmou Leandro, ressaltando que o lado sentimental da história faz com que a tatuagem se torne ainda mais dolorosa.

“Ela estava bem sensível e chorou um pouco durante as sessões. Ela estava bem pra baixo e hoje você vê que ela mudou totalmente o jeito de ser. Onde ela vai, chama atenção, ainda mais em uma cidade pequena como essa”, completou o tatuador.

Leandro afirmou ainda que chegou a duvidar que Alzira fosse fazer a tatuagem, mas que ficou surpreso quando ela confirmou a presença. “A princípio fiquei meio em dúvida, não botei muita fé. Por ela ser mais velha e pelo lugar que era (cabeça), um lugar bem sensível e por já estar sensível por conta da doença. Mas quando ela confirmou e marcou horário vi que era sério e me comprometi. Gostei muito de fazer, não pela parte profissional, mas por poder ajudá-la”.

Alzira disse que espera que isso sirva de incentivo para que outras pessoas façam o mesmo e gostaria de poder visitar os que possuem a mesma doença para mostrar o trabalho. “Conversei com um sobrinho meu e ele disse que eu deveria visitar outras pessoas. Tudo tem solução na vida. Fiz por problema de saúde e adorei e acho que as pessoas deveriam fazer também. O problema é que Ibitinga é muito longe e eu não posso tomar sol, por isso nunca visitei outras pessoas que sofrem com isso”.

Para ela, a tatuagem além de aumentar sua auto-estima, fez também com que sua feminilidade fosse recuperada. “Para uma mulher, perder o cabelo é como perder a feminilidade. Consegui recuperar um pouco disso, agora é menos dolorido. Fiquei exótica”, completou, aos risos.

O internauta Sérgio L. Mem, de Tabatinga (SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui

vc repórter
Compartilhar
Receba previsões diárias e fique por dentro do mundo astrológico através do nosso WhatsApp
Inscreva-se
Publicidade
Seu Terra












Publicidade