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Reprodução com óvulo doado é indicada depois da menopausa

5 jul 2012 - 09h15
(atualizado às 16h45)
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As técnicas de reprodução assistida, apesar não serem garantia total de gestação, abriram muitas possibilidades para os casais que têm algum problema de fertilidade. Dentre elas, a chance de gravidez em uma mulher que já passou pela menopausa. Por meio de uma fertilização

As técnicas de reprodução assistida permitiram muitas possibilidades para os casais que têm algum problema de fertilidade. Dentre elas, a chance de gravidez em uma mulher que já passou pela menopausa
As técnicas de reprodução assistida permitiram muitas possibilidades para os casais que têm algum problema de fertilidade. Dentre elas, a chance de gravidez em uma mulher que já passou pela menopausa
Foto: Dreamstime / Terra
in vitro

(FIV), a técnica do "bebê de proveta", com óvulo doado, a paciente que não ovula mais pode gerar um bebê. De acordo com Ricardo Baruffi, ginecologista do Centro de Reprodução Humana Professor Franco Junior, de Ribeirão Preto (SP), não há um limite de idade para o procedimento e, em geral, também não há contraindicações.

No Brasil, não existe uma norma ou lei que limite a idade para a realização de uma fertilização in vitro. A decisão cabe ao médico, a partir de uma avaliação das condições físicas da mulher."Como o óvulo é de uma mulher jovem no caso de uma FIV em uma paciente que já passou pela menopausa, o que nós temos que analisar são as condições de saúde dela", explica o ginecologista. "Há muitas mulheres de 58 anos em perfeitas condições de saúde." No entanto, o médico explica que existem algumas situações que podem ser indicadores de que a gestação é um risco. Por exemplo, diabetes e hipertensão.

Mesmo que a mulher esteja saudável, a gravidez em uma situação atípica como essa é considerada de risco. Por isso, o pré-natal tem que ser bem feito para que a mãe esteja assistida a todo o momento.

A FIV depois da menopausa

O procedimento de fertilização em mulheres que já passaram pela menopausa é praticamente o mesmo que é realizado nas mais jovens. A grande diferença se dá quanto à estimulação ovariana e à punção dos óvulos. A paciente que se submete a FIV com óvulos doados não terá que passar pelo procedimento, mais vai tomar um hormônio que estimula o crescimento do endométrio (camada que reveste as paredes do útero para que ele abrigue o embrião).

Em alguns casos, a paciente mais velha também terá que passar por uma preparação do útero. "Se a mulher já passou pela menopausa faz um tempo e não tomou reposição hormonal, o útero começa a passar por um processo de atrofia. Nessas pacientes, vamos precisar estimular o músculo com hormônios que o façam voltar ao tamanho normal", diz Ricardo.

Depois de engravidar, a mulher continuará tomando hormônios até o terceiro mês da gestação. Isso acontece porque é o ovário quem mantém o bebê até o primeiro trimestre. Portanto, como esse órgão deixa de funciona após a menopausa, o medicamento é acionado. A partir do segundo trimestre, a placenta mantém a gravidez.

Mesmo com mais idade, a mulher ainda pode se submeter ao parto normal. Mas, segundo o ginecologista, assim como a maioria das mulheres que ainda ovulam, as mais velhas também demonstram preferência pela cesariana.

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Fonte: Cross Content
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