Brincadeiras sedentárias podem causar obesidade infantil
4 jan
2013
- 07h46
(atualizado às 07h46)
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O consumo crescente de alimentos muito calóricos e pouco nutritivos e o tempo que as crianças passam sentadas são os principais causadores da obesidade infantil. De acordo com a nutricionista e integrante do Conselho Regional de Nutrição de São Paulo, Vivian Zollar Ferreira, o excesso de peso na criança se dá pelo estilo de vida e pelos hábitos alimentares inadequados, sendo apenas uma pequena parcela com origem genética. “Na maioria das vezes, os hábitos da família são inadequados, por conta disso toda a família tem obesidade”, afirma.
O acompanhamento do desenvolvimento da criança deve ser feito periodicamente com o pediatra, avaliando peso e altura ou comprimento, no caso dos bebês. Mas, diferentemente do adulto, em que apenas essa relação é suficiente, com as crianças é preciso levar em conta a idade e os exames laboratoriais, pois há momentos em que ela fica mais gordinha para estocar energia para a fase seguinte, quando haverá crescimento.
Caso a obesidade seja diagnosticada pelo médico ou nutricionista, deve-se mudar o estilo de vida dos filhos. Além de optar por uma alimentação mais saudável, é preciso incentivar a atividade física, sempre adequada à idade da criança, como a natação ou a recreação, substituindo o computador por atividades que incluam movimentação, ou seja, gastem mais energia. Conforme Vivian, dependendo do grau de obesidade, a proposta pode não ser a perda de peso, mas a diminuição do ganho, assim o peso se adequa de acordo com o crescimento. Em casos extremos, quando a mudança alimentar e os exercícios não forem suficientes, é necessário utilizar medicação, mas com orientação e acompanhamento do pediatra.
A obesidade infantil é responsável por muitos males, Vivian salienta as doenças crônicas não transmissíveis, como o aumento do colesterol e dos triglicerídeos, além da diminuição do HDL, chamado colesterol bom. O desenvolvimento precoce do diabetes também é causado pela obesidade. Caso a família não procure tratamento para o filho obeso, na fase adulta, além do acúmulo de fatores de risco, surgirão novos problemas. A nutricionista destaca ainda o fator psicológico. “A criança com excesso de peso sofre discriminação dos outros e, muitas vezes, priva-se de algumas coisas e acaba sofrendo”, afirma Vivian.
Fonte: Cartola - Agência de Conteúdo
Fonte: Terra