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5 hábitos que podem prejudicar a saúde íntima feminina

Ginecologista aponta práticas que são capazes de impactar a região

13 jun 2021 - 22h02
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Como cuidar da saúde intima feminina
Como cuidar da saúde intima feminina
Foto: Shutterstock / Alto Astral

Cercada de tabus, a saúde intima feminina é um assunto que não é muito discutido no Brasil. No entanto, é de tamanha importância conhecer essa parte do corpo, até mesmo para poder tratá-la de forma adequada e, a longo prazo, não ter prejuízos. Todavia, o problema se mostra drástico quando é observado o número total de mulheres que ainda não se atentam devidamente a região vaginal.

Segundo uma pesquisa divulgada em 2019 pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), pelo menos 5,6 milhões de brasileiras não costumam ir ao ginecologista-obstetra. Cerca de 4 milhões nunca procuraram atendimento com um profissional da área e outras 16,2 milhões não passam por nenhuma consulta há mais de um ano.

Por isso, algumas pessoas acabam adotando hábitos inadequados, que vão muito além de não higienizar corretamente a região e, consequentemente, afetam a saúde intima. Sendo assim, saiba cuidar do seu bem-estar e conheça 5 práticas que prejudicam a cavidade vaginal:

Roupas apertadas

Principalmente para mulheres sensíveis, que usualmente possuem irritação ou alergias na região genital, calças muito justas podem piorar esses sintomas. Segundo o ginecologista e obstetra Renato de Oliveira, usar roupas muito apertadas durante um determinado tempo favorece o aumento da temperatura e da umidade vaginal, além do abafamento que aumenta o risco de um processo irritativo.

Uso constante de absorventes

É comum o uso de protetor diário como uma forma de higiene e proteção. Entretanto, pode ser a causa de diversas alergias e irritações, aumentando ainda os riscos de infecções. "Como podem prejudicar a ventilação vaginal, favorecem a proliferação de fungos e bactérias, deixando a área mais propícia para ocorrer quadros como a candidíase", informa o especialista.

Todavia, existem casos específicos em que o uso diário do absorvente torna-se útil, como durante o período menstrual e em casos de incontinência urinária. Oliveira afirma ser recomendável trocá-los com maior frequência, de preferência a cada quatro horas.

Ducha íntima

O ginecologista comenta que esse hábito pode provocar desequilíbrio na flora vaginal, reduzindo o número de lactobacilos, os principais responsáveis pela proteção da área contra o crescimento anormal de bactérias e fungos. Sendo assim, ela não é recomendada.

Ausência de uma higienização adequada

A falta de higiene favorece diversas patologias íntimas em ambos os sexos. Porém, no caso da saúde da mulher, esse fator pode ser ainda mais prejudicial. "A anatomia do corpo feminino facilita a contaminação da vagina por bactérias intestinais, justamente porque a vulva e o ânus estão bem próximos. Logo, é um caminho curto para que esses microrganismos migrem do ânus para a vagina ou até mesmo para a bexiga, favorecendo infecções urinárias, por exemplo", explica.

Entretanto, para higienizar corretamente, o obstetra recomendada a utilização de água corrente e o uso de sabonetes com pH mais próximo da região, os chamados sabonetes íntimos. Com relação à frequência, o indicado é que seja uma vez ao dia, podendo aumentar a periodicidade, se necessário. "Deve-se realizar movimentos leves com água e sabão na parte externa", ressalta o profissional.

Beber pouca água

Dentre os inúmeros malefícios que a baixa ingestão de água pode causar ao organismo, está a infecção urinária em mulheres, pois facilita a adesão de bactérias na mucosa da bexiga. O especialista aponta que um maior consumo do líquido aumenta a frequência de micção, ajudando no efeito de diluição de potenciais bactérias contaminantes e na manutenção de um pH ideal da urina. Portanto, é importante beber, no mínimo, 2 litros por dia.

Consultoria: Renato de Oliveira, ginecologista e obstetra da Criogênesis.

Alto Astral
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