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Acordo na COP30 sem combustíveis fósseis é 'inaceitável', diz UE

Ministro italiano afirmou que negociações foram reabertas

21 nov 2025 - 12h01
(atualizado às 12h25)
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A União Europeia definiu como "inaceitável" o último rascunho de acordo apresentado pela presidência brasileira da COP30, que está marcada para terminar nesta sexta-feira (21), por não incluir um "mapa do caminho" para o fim da dependência em relação aos combustíveis fósseis.

Protesto em prol do fim dos combustíveis fósseis em Belém, sede da COP30
Protesto em prol do fim dos combustíveis fósseis em Belém, sede da COP30
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Esse tema encontra forte resistência de grandes produtores de petróleo, gás natural e carvão, como Arábia Saudita, China, Índia e Rússia, apesar de os combustíveis fósseis serem os principais responsáveis pelo aquecimento global.

"Aquilo que está na mesa agora é inaceitável. E dado que estamos tão longe de onde deveríamos estar, lamento dizer, mas nos encontramos diante de um cenário de falta de acordo", afirmou o comissário de Clima da UE, Wopke Hoekstra, que está em Belém.

A União Europeia, que tem a meta de abandonar os combustíveis fósseis na próxima década, cobra a definição de um caminho para a eliminação gradual desse tipo de matéria-prima, bem como alguns países latino-americanos e pequenos Estados insulares do Pacífico, que estão entre as nações mais ameaçadas pela crise climática.

"Acabamos de terminar uma reunião plenária dos 195 países, na qual a presidência brasileira reconheceu a falta de consenso sobre a proposta apresentada", disse o ministro do Meio Ambiente da Itália, Gilberto Pichetto Fratin.

"Ainda existem muitas divergências em aberto, e estamos reabrindo as negociações", acrescentou. Os combustíveis fósseis apareceram pela primeira vez em um documento conclusivo da COP em 2023, em Dubai, mas apenas de forma tímida.

O texto da COP28 pede para todas as nações fazerem uma "transição dos combustíveis fósseis nos sistemas energéticos, de maneira justa ordenada e equitativa", acelerando as ações "para zerar as emissões líquidas de carbono em 2050", porém sem se comprometer com prazos para eliminar o uso de carvão, gás natural e petróleo.

"Naturalmente, a posição italiana é aquela de manter as referências a Dubai no que diz respeito ao percurso das fontes fósseis", salientou Pichetto.

Paralelamente, a Colômbia anunciou que sediará em abril a primeira conferência internacional sobre a eliminação dos combustíveis fósseis, que já conta com a adesão de cerca de 40 países, incluindo as principais nações europeias, como Itália e Reino Unido.

"Reunidos na COP30, em Belém, reafirmamos nossa determinação compartilhada de trabalhar coletivamente por uma transição justa, ordenada e equitativa para longe dos combustíveis fósseis, por meio de caminhos consistentes com o objetivo de limitar o aumento da temperatura global a 1,5ºC", diz a "Declaração de Belém" promovida por Bogotá.

Ansa - Brasil
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