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Leitões deixados para morrer em exposição de arte são roubados

Esta não é a primeira vez que o artista chileno choca espectadores com seu modo incomum de arte

5 mar 2025 - 15h13
(atualizado às 16h05)
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Leitões
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Foto: Pexels | reprodução

Três leitões foram roubados de uma exposição de arte em Copenhague, na Dinamarca. Os animais faziam parte de uma instalação batizada de Agora Você se Importa?, criada pelo chileno Marco Evaristti. 

A ideia do artista era deixar os leitões em exposição até que morressem de fome. O objetivo era fazer um protesto contra os maus-tratos aos porcos no país e fazer com que "a sociedade dinamarquesa acordasse".

Segundo estatísticas, a Dinamarca é um dos maiores exportadores de carne suína do mundo, e, diariamente, dezenas de milhares de porcos morrem em condições consideradas precárias e insalubres. 

"Eu tenho algum tipo de voz como artista para falar sobre o problema [da exportação]", disse Marco Evaristti, de 62 anos, em entrevista ao correspondente do The New York Times. "Então, compartilharei meus pensamentos sobre o que acho do tratamento dos animais na Dinamarca".

A exposição de Marco Evaristti começou na última sexta-feira, 28, em Copenhague. Com a ideia de fazer um alerta sobre a 'matança suína', ela foi hospedada em um antigo açougue. Assim que foi aberta, três leitões vivos foram enjaulados em carrinhos de compras em meio a uma pilha de palha.

Ao redor deles, algumas pinturas mesclando a bandeira da Dinamarca e porcos abatidos estavam penduradas. A expectativa era que os porcos, que recebiam água, mas não comida, vivessem cinco dias. Para vivenciar a obra, o artista chileno também se comprometeu a ficar sem comer junto com os animais. Entretanto, a exposição foi interrompida antes de os leitões morrerem de fome.

Conforme Evaristti, no sábado, 1º, pela manhã, os animais desapareceram. Logo no início do dia, membros de uma organização de defesa dos animais visitaram o local. Horas depois, o roubo ocorreu.

"Eles fecharam a porta enquanto os faxineiros limpavam o banheiro. Depois de quatro minutos, eles saíram, e não havia mais porcos", disse o artista, explicando o modus operandi dos ativistas dos direitos animais.

Um porta-voz da polícia de Copenhague ouvido pelo jornal gringo afirmou que não houve registro de queixa. Evaristti, por sua vez, afirmou que ele e sua família receberam ameaças por causa da exposição.

Esta não é a primeira vez que o artista chileno choca espectadores com seu modo incomum de arte. Em 2000, Evaristti exibiu dez peixes dourados em liquidificadores individuais, também na Dinamarca.

No local, ele permitiu que os visitantes ligassem as máquinas para analisar o comportamento humano. Conforme os dias se passaram na instalação, houve registros de algumas pessoas que ligaram os liquidificadores. Na imprensa dinamarquesa, o chileno é criticado. Eles chamam seu método de "vanguarda antiquada".

Fonte: Redação Terra
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