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Receita da Microsoft sobe 19%, mas os investidores queriam mais

A receita da Microsoft atingiu a marca de US$ 41,7 bilhões no trimestre que se encerrou em março

27 abr 2021 - 18h49
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Mudanças provocadas pela pandemia como o trabalho remoto e a procura por games seguiram impulsionando os negócios da Microsoft no primeiro trimestre deste ano. Porém, os bons resultados não animaram os investidores, que esperavam marcas excepcionais no balanço financeiro da empresa divulgado nesta terça-feira, 27: após o fechamento do pregão, as ações da Microsoft tiveram queda de aproximadamente 3,4%.

A receita da Microsoft atingiu a marca de US$ 41,7 bilhões no trimestre que se encerrou em março, um crescimento de 19% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Na divisão de nuvem, a receita da empresa cresceu 23%, para US$ 15,1 bilhões, com crescimento de 50% no serviço Azure, que compete com o Amazon Web Services. Foi um resultado acima da estimativa de analistas, que esperavam US$ 14,9 bilhões no segmento e um crescimento de 46% no Azure.

A área de games da Microsoft também acelerou e teve crescimento de 34% no último trimestre, com destaque para os novos consoles de Xbox lançados em 2020, o Série X e o Série S. No ano passado, a dona do Windows comprou o estúdio ZeniMax, dono da franquia Doom, e, mais recentemente, tentou comprar por US$ 10 bilhões a rede social Discord, bastante utilizada pela comunidade gamer — o acordo não foi para frente, no entanto.

Na categoria "Mais Computação Pessoal", que inclui dispositivos de computação e videogames, a Microsoft registrou receita de US$ 13 bilhões, alta de 19%. O licenciamento de Windows teve crescimento de 10% e os serviços comerciais do sistema operacional também cresceram 10% no período.

A receita da unidade de software de produtividade da Microsoft, que inclui o Office e o Teams, foi de US$ 13,6 bilhões, acima da estimativa de US$ 13,49 bilhões, de acordo com a Refinitiv. Já o faturamento do LinkedIn aumentou 23%, também superando estimativas de 21,9%.

Futuro causa dúvidas

Mesmo com os bons números, os investidores não foram seduzidos. A régua alta do mercado se deve ao fato de a Microsoft ter sustentado um ritmo forte de crescimento desde o ano passado e estar perto de atingir US$ 2 trilhões em valor de mercado - ao longo do ano passado, as ações da Microsoft subiram cerca de 50%. Atualmente, o valor de mercado da companhia está em US$ 1,97 trilhão.

Segundo analistas, também há uma preocupação do mercado sobre a sustentabilidade dos negócios da Microsoft no pós-pandemia, quando serviços como o Microsoft Teams devem perder adesão com o retorno das pessoas ao trabalho presencial.

Estadão
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