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Sem churrasco: consumo de carne atinge menor nível em 30 anos na Argentina

A queda no consumo de carne bovina por habitante caiu 18,5% no país em um ano; o quilo do rosbife está custando 8,3 mil pesos

30 abr 2024 - 08h15
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A crise econômica está fazendo os argentinos a "abdicarem" de um de seus mais tradicionais símbolos: o churrasco. O consumo de carne bovina por habitante caiu 18,5% no país em um ano: é o menor nível em 30 anos.

Consumo de carne cai ao menor nível em 30 anos na Argentina
Consumo de carne cai ao menor nível em 30 anos na Argentina
Foto: Canva Fotos / Perfil Brasil

O fato se reflete no açougue vazio. "Estamos vendendo muito pouco", comenta Alberto, no balcão de um estabelecimento do setor. Ao ser perguntado pela reportagem da TV Globo, ele explica que foram seis vendas no dia todo. "Muito pouco em comparação com antes", quando chegavam a 20 ou 30 vendas por dia.

O açougueiro conta que não tem como explicar para os clientes que é obrigado a remarcar para cima os preços. Ele ressalta que o quilo do rosbife custa 8,3 mil pesos, enquanto um empregado ganha entre 200 mil e 230 mil. Por isso, não consegue pagar pela carne.

Argentina: pecuária trouxe riqueza ao país

Esse cenário seria ruim em qualquer outro país. Porém, para um dos maiores exportadores de carne bovina do mundo, fica tudo ainda pior.

A pecuária na Argentina remete à chegada dos colonizadores espanhóis, no século XVI. E a exportação da carne explica, em boa medida, a fase de maior crescimento do país, na virada do século XX, em que o país foi um dos mais ricos do mundo.

Foi, portanto, por motivos econômicos que a Argentina ficou conhecida pelo churrasco, um dos melhores do mundo, segundo renomados chefes internacionais. A classe média do país não pode pagar pela carne é mais um amargo reflexo da crise econômica que atinge o país vizinho.

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