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Ciclovias: leitor questiona criação de ciclovias em ruas estreitas da cidade de SP

CET argumenta que as implantações das estruturas cicloviárias são mais uma alternativa de mobilidade para a população de São Paulo e são planejadas para aumentar a segurança viária

20 mai 2024 - 22h10
(atualizado em 22/5/2024 às 08h48)
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Geraldo Santana questiona a implantação de ciclovias da cidade em ruas já estreitas para o tráfego de veículos. Segundo ele, a instalação de ciclovias é bem-vinda desde que seja feita em canteiros centrais ou ruas mais largas, por exemplo.

Reclamação de Geraldo Santana: "Gostaria de expressar minha profunda indignação sobre a recente criação de várias ciclovias em nossa cidade. Essas iniciativas, embora possam ter sido concebidas com boas intenções, têm resultado em consequências adversas que não podem ser ignoradas. É alarmante perceber que essas ciclovias, supostamente destinadas a diminuir o trânsito, estão sendo subutilizadas de forma tão evidente. Ruas já estreitas para o tráfego de veículos foram sacrificadas para a instalação dessas ciclovias, o que resultou em congestionamentos ainda maiores e em um caos no trânsito que afeta a todos nós, motoristas e ciclistas. Além disso, é preocupante o estado deplorável de conservação em que muitas dessas ciclovias se encontram. Não só representam um desperdício de recursos públicos, mas também um perigo para os ciclistas que se aventuram a utilizá-las. A questão principal é que a instalação de ciclovias é bem-vinda e deve ocorrer, especialmente naqueles lugares onde não se sacrificam as ruas, como por exemplo aquelas próximas ao Parque Villa Lobos, por exemplo, que utilizam o canteiro central, aquelas situadas nas margens do Rio Pinheiros ou mesmo aquelas situadas em avenidas e ruas mais largas, onde o impacto é minimizado. Agora, aquelas subutilizadas que se localizam em lugares onde o desnível do terreno é uma barreira e ainda por cima causa um caos maior no trânsito, aí, vamos concordar, que não houve planejamento, e, é lógico, que não vão admitir que tomaram uma decisão errada."

Resposta da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET): "A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informa que as implantações das estruturas cicloviárias são mais uma alternativa de mobilidade para a população de São Paulo e são planejadas para aumentar a segurança viária na cidade. O Plano Cicloviário da Cidade de São Paulo foi lançado em dezembro de 2019 e as novas estruturas são previamente discutidas com a sociedade civil e aprovadas em audiências públicas, levando em consideração as solicitações dos membros da Câmara Temática de Bicicletas existente na estrutura do Conselho Municipal de Trânsito e Transportes (CMTT). As obras de implantação de ciclovias seguem o disposto no Plano de Mobilidade Urbana. A gestão trabalha para entregar uma malha de aproximadamente 1 mil km de extensão até o fim de 2024, conforme previsto no Plano de Metas. A CET mantém informações sobre as passagens de ciclistas em seu site, com registro de dados manuais e automáticos. A quantidade de usuários vem aumentando gradativamente, inclusive com a utilização de entregadores e pessoas que escolheram o meio de transporte para os deslocamentos diários. Entre 21 de março de 2022 e 18 de abril de 2024, por exemplo, o contador instalado na ciclovia Caminho Verde contabilizou 452.131 passagens de ciclistas. Sobre a iniciativa da Faixa Azul, trata-se de um projeto-piloto criado por profissionais da CET inspirado em experiências da Malásia, de Copenhagen e de cidades australianas. O objetivo foi reorganizar o espaço viário proporcionando mais segurança aos motociclistas e harmonizando a convivência entre os modais. A Faixa Azul é baseada em dois princípios de segurança viária: Visão Zero e Sistemas Seguros. A Visão Zero é uma abordagem em que nenhuma morte no trânsito é aceitável - todas são evitáveis. Já o Sistema Seguro é uma forma de evitar que os erros "humanos" dos diferentes usuários do viário possam ocasionar em ferimentos graves ou mortes. Atualmente, há 98 km de Faixa Azul implantados no viário paulistano. Até o fim deste ano, a meta é alcançar 200 km."

Caso necessário, o leitor pode entrar novamente em contato.

Trecho da ciclovia da Avenida Luiz Carlos Berrini, na capital paulista. 
Trecho da ciclovia da Avenida Luiz Carlos Berrini, na capital paulista.
Foto: Marcio Fernandes/Estadão / Estadão

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Estadão
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