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ONU: Brasil reduz desmatamento, mas ainda é responsável por 70% da perda de florestas do planeta

Apesar de algumas melhorias na última década, o estado de conservação das florestas do mundo continua a ser preocupante, de acordo com um comunicado da FAO, agência da ONU para a agricultura, divulgado nesta terça-feira (21). O desmatamento e os incêndios - principais responsáveis pela redução da área florestal mundial - diminuíram, mas o processo de desmatamento ainda é muito rápido, especialmente no Brasil.

21 out 2025 - 10h39
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Apesar de algumas melhorias na última década, o estado de conservação das florestas do mundo continua a ser preocupante, de acordo com um comunicado da FAO, agência da ONU para a agricultura, divulgado nesta terça-feira (21). O desmatamento e os incêndios - principais responsáveis pela redução da área florestal mundial - diminuíram, mas o processo de desmatamento ainda é muito rápido, especialmente no Brasil. 

Vista aérea mostra uma área desmatada perto de Uruara, no estado do Pará, Brasil, em 21 de janeiro de 2023.
Vista aérea mostra uma área desmatada perto de Uruara, no estado do Pará, Brasil, em 21 de janeiro de 2023.
Foto: REUTERS - UESLEI MARCELINO / RFI

Levando em conta as plantações florestais, a "perda líquida" de florestas é de 4,12 milhões de hectares por ano no período de 2015 a 2025, ou seja, duas a três vezes menos do que na década de 1990-2000. Mas "os ecossistemas florestais em todo o mundo ainda enfrentam dificuldades, com um ritmo atual de desmatamento ainda muito elevado, de 10,9 milhões de hectares por ano", escreve a FAO na sua "Avaliação dos Recursos Florestais Mundiais" quinquenal.

Isso equivale a mais de 12 km² de florestas destruídas a cada hora.

Mencionando a "complexidade das dinâmicas no uso da terra", o documento da FAO não fornece, no entanto, razões detalhadas para o desmatamento. A maior parte ocorre nas zonas tropicais, onde se concentra 88% do desmatamento mundial, especialmente na Amazônia, onde a agricultura exerce a maior pressão.

O Brasil é responsável por mais de 70% dessa perda líquida, com 2,94 milhões de hectares por ano, embora concentre 12% das florestas do planeta. "O Brasil registrou uma redução significativa no ritmo da perda líquida de florestas", observa a FAO. Ela foi quase reduzida pela metade (queda de 49%) em comparação à última década do século 20. 

Observatório credita queda do desmatamento às medidas do governo Lula

Segundo o observatório Global Forest Watch, a destruição das florestas tropicais virgens atingiu, em 2024, um ritmo nunca visto desde 2002, principalmente devido a incêndios. Em 2023, ao contrário, a Amazônia havia se beneficiado de medidas de proteção instauradas durante a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva.

O país sedia em novembro a conferência das Nações Unidas sobre o clima, a COP30 em Belém, e as florestas serão um dos grandes temas desta conferência. 

O Brasil deseja o lançamento de uma Facilidade de Financiamento das Florestas Tropicais (TFFF), ou seja, um fundo que forneceria meios para proteger as florestas contra a cobiça. 

As florestas "são o habitat de grande parte da biodiversidade do planeta, ajudam a regular os ciclos globais de carbono e água e podem reduzir os riscos e a incidência de secas, desertificação, erosão do solo, deslizamentos de terra e inundações", escreve o diretor-geral da FAO, Qu Dongyu. 

As florestas cobrem 4,14 bilhões de hectares, ou 32% da terra emergida. Cinco grandes países juntos abrigam mais da metade das florestas do mundo, são eles, Rússia, Brasil, Canadá, Estados Unidos e China.

Com AFP 

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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