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'Não há paz sem solução de 2 Estados', alerta Papa sobre Gaza

29 jan 2024 - 09h47
(atualizado às 10h59)
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O papa Francisco voltou a apelar nesta segunda-feira (29) pelo fim do conflito no Oriente Médio, defendendo uma solução de dois Estados, e destacou a necessidade um cessar-fogo "global".

"É urgente um cessar fogo global: não estamos percebendo, ou fingindo não ver, que estamos à beira do abismo", alertou o Pontífice em entrevista exclusiva ao jornal italiano "La Stampa".

O argentino afirmou que a guerra entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas, iniciada em 7 de outubro, está se ampliando dramaticamente" e é necessária uma solução de dois Estados para encerrá-la.

"Houve o acordo de Oslo, que foi muito claro, com a solução de dois Estados. Até que esse acordo seja aplicado, a verdadeira paz permanece longe", enfatizou.

Na entrevista ao vaticanista Domenico Agasso, Jorge Bergoglio disse temer acima de tudo uma "escalada militar", mas ao mesmo tempo está "cultivando um pouco de esperança neste momento, porque estão sendo realizadas reuniões confidenciais para tentar chegar a um acordo".

Para ele, uma trégua no conflito que provocou mais de 26 mil mortes até agora "já seria um bom resultado".

No que diz respeito ao papel mediador da Igreja, Francisco destacou que "uma figura crucial é o cardeal Pierbattista Pizzaballa, Patriarca Latino de Jerusalém. "Ele é ótimo. Está a avançar bem".

Já em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia, o religioso elogiou a atuação de seu enviado especial, o cardeal Matteo Zuppi, presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), que "está a implementar um trabalho diplomático constante e paciente para colocar de lado os conflitos e construir uma atmosfera de reconciliação".

"A Santa Sé está tentando mediar a troca de prisioneiros e o retorno dos civis ucranianos. Em particular, estamos trabalhando com Maria Lvova-Belova, a comissária russa para os direitos da infância, para o repatriamento de crianças ucranianas levadas à força para a Rússia", explicou.

Além disso, o Santo Padre voltou a convidar todos a rezar pela paz e indicar o diálogo como único caminho, pedindo para "parar imediatamente as bombas e os mísseis" e colocar fim às atitudes hostis em todos os lugares.

Desde o início da guerra no Oriente Médio, em 7 de outubro, Jorge Bergoglio tem se pronunciado semanalmente pedindo por paz na região e chegou a conversar com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, para destacar a urgência de promover assistência humanitária e um cessar-fogo.

Sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, ele tentou se envolver pessoalmente em mediações entre as partes, mas encontrou resistência nos dois países e acabou designando Zuppi para tentar encontrar brechas para o diálogo em Moscou e Kiev. .

Ansa - Brasil   
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