Ex-nora de fundador do Hamas, brasileira que vive em Gaza está desaparecida

Uma família busca informações sobre uma brasileira de 40 anos e seus sete filhos que vivem na Faixa de Gaza. Há mais de duas semanas, parentes tentam contato com a mulher, que não teve a identidade revelada, sem sucesso. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

A falta de notícias sobre a mulher, chamada de Umm Abdo (mãe de Abdo, em português), ocorre em meio aos ataques israelenses que já mataram mais de 14,5 mil palestinos em bombardeios após a onda de ataques promovidos pelo Hamas contra Israel, em 7 de outubro, que vitimou 1.400 pessoas.  

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A família da brasileira mantinha contato com ela por meio das redes sociais e de um número de telefone palestino, mas desde 5 de novembro ela não dá notícias ou responde mensagens.

A mulher de 40 anos não teve a identidade revelada por proteção já que é ex-nora de um dos fundadores do Hamas, Abd al-Fattah, que morreu aos 87 anos logo nos primeiros dias da guerra com Israel.

Quem é Umm Abdo?

• Umm Abdo é o apelido da brasileira, de 40 anos, que é ex-nora de um dos fundadores do Hamas;
• A mulher teve a identidade preservada pelo jornal Folha de S.Paulo;
• Umm Abdo vive na Faixa de Gaza desde 2005;
• Ela foi casada com Said Dukhan, filho de Abd al-Fattah;
• Eles tiveram ao menos 7 filhos sete filhos, com idades entre 4 e 17 anos;
• Segundo a reportagem, Umm Abdo se separou recentemente de Said após acusá-lo de violência doméstica e acabou perdendo a guarda das crianças. Por isso, ela decidiu ficar em Gaza ao invés de solicitar repatriamento ao Brasil;
• A família de Umm Abdo está em contato com diplomatas brasileiros. Caso a brasileira tenha morrido, eles gostariam de trazer os seus filhos para o Brasil;
• Umm Abdo nasceu em Santa Catarina, mas foi criada no Rio Grande do Sul em uma família católica. Aos 18 anos, ela se converteu ao Islã e conheceu Said Dukhan pela internet, sem saber que se tratava do filho de um dos fundadores do grupo terrorista;
• Em 2014, ela conversou pela primeira vez com o jornal. Na ocasião ela demonstrou receio em revelar informações pessoais, pois não desejava ser famosa ou mais atenção do que os mais de 2 milhões de habitantes da Faixa de Gaza.

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