Roubo no Louvre: detidos têm antecedentes e quadrilha já foi mapeada, mas joias seguem desaparecidas
Dois homens detidos no sábado por envolvimento no roubo de joias no Museu do Louvre admitiram parcialmente os fatos, segundo a procuradora de Paris, Laure Beccuau, que falou à imprensa nesta quinta-feira (29), na capital francesa. Eles foram apresentados à Justiça para possível indiciamento por furto em quadrilha organizada, crime que pode levar a até 15 anos de prisão, e por associação criminosa, com pena de até 10 anos. Ambos foram identificados através de vestígios de DNA.
Dois homens detidos no sábado por envolvimento no roubo de joias no Museu do Louvre admitiram parcialmente os fatos, segundo a procuradora de Paris, Laure Beccuau, que falou à imprensa nesta quinta-feira (29), na capital francesa. Eles foram apresentados à Justiça para possível indiciamento por furto em quadrilha organizada, crime que pode levar a até 15 anos de prisão, e por associação criminosa, com pena de até 10 anos. Ambos foram identificados através de vestígios de DNA.
Dez dias após o roubo de joias no Museu do Louvre, a procuradora de Paris, Laure Beccuau, divulgou novos elementos da investigação. Os dois suspeitos detidos em 25 de outubro foram identificados por meio de vestígios de DNA e apresentados à Justiça para possível indiciamento.
Ambos já tinham antecedentes criminais e são suspeitos de integrar a quadrilha que invadiu a Galeria de Apolo, onde estavam expostas peças históricas avaliadas em cerca de € 88 milhões (R$ 540 milhões).
Um deles, de 34 anos, é argelino residente na França; o outro, de 39, nasceu em Aubervilliers, na região metropolitana de Paris. Os dois já eram conhecidos da polícia.
Um dos suspeitos foi preso no aeroporto de Roissy, prestes a embarcar para a Argélia sem passagem de volta. Seu DNA foi encontrado em um dos scooters usados na fuga. Ele já era conhecido da polícia por infrações de trânsito e por um caso de furto. O segundo foi capturado na mesma noite, perto de sua casa.
Não há indícios de que ele estivesse tentando deixar o país", afirmou a procuradora. Sem ocupação formal, ele declarou ter trabalhado como taxista e entregador. Estava sob controle judicial por envolvimento em outro caso de furto qualificado.
Seu DNA foi encontrado em uma das vitrines da Galeria de Apolo e em objetos deixados no local do crime. Beccuau fez questão de esclarecer que a identificação não foi feita com base em um fio de cabelo ou em um colete amarelo, como sugerido por alguns veículos de imprensa.
A operação foi conduzida pela Brigada de Repressão ao Crime Organizado de Paris (BRB) e pelo Escritório Central de Luta contra o Tráfico de Bens Culturais (OCBC), órgãos especializados em crimes contra o patrimônio histórico.
Objetos roubados ainda não foram recuperados
Segundo a procuradora, os objetos roubados ainda não foram recuperados, mas há esperança de que sejam localizados. A única peça encontrada até agora foi a coroa da imperatriz Eugênia, deixada para trás durante a fuga. No entanto, a direção do Louvre alertou que sua restauração será extremamente delicada.
A ministra da Cultura da França, Rachida Dati, reconheceu publicamente na terça-feira (28) que houve falhas graves de segurança no museu, que facilitaram o roubo. Ela anunciou três investigações administrativas, incluindo uma em parceria com o Ministério do Interior, para revisar os protocolos de proteção do patrimônio nacional.
Laure Beccuau também negou que haja, até o momento, qualquer indício de cumplicidade interna no museu, apesar de especulações na imprensa. A investigação já identificou com segurança quatro envolvidos, mas não descarta a existência de um mandante ou receptadores das joias roubadas.
(Com AFP)