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'Lenda', 'anjo' e 'patriota': França presta homenagem à atriz Brigitte Bardot

A coligação governamental, a direita e a extrema-direita homenagearam a atriz Brigitte Bardot, que morreu neste domingo (28), destacando sua dedicação à defesa dos animais e sua importância como símbolo de liberdade e da França.

28 dez 2025 - 11h48
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O presidente francês, Emmanuel Macron, saudou uma "lenda do século" que "personificou uma vida de liberdade", em publicação no X.

Uma mulher deposita flores ao lado de retratos da atriz francesa Brigitte Bardot na entrada da casa "La Madrague", em Saint-Tropez, no sudeste da França, em 28 de dezembro de 2025. A lenda do cinema francês Brigitte Bardot faleceu aos 91 anos, conforme apurado pela Fundação Bardot em 28 de dezembro de 2025.
Uma mulher deposita flores ao lado de retratos da atriz francesa Brigitte Bardot na entrada da casa "La Madrague", em Saint-Tropez, no sudeste da França, em 28 de dezembro de 2025. A lenda do cinema francês Brigitte Bardot faleceu aos 91 anos, conforme apurado pela Fundação Bardot em 28 de dezembro de 2025.
Foto: AFP - FREDERIC DIDES / RFI

"Seus filmes, sua voz, sua fama deslumbrante, suas iniciais, suas tristezas, sua generosa paixão pelos animais [...] Brigitte Bardot personificou uma vida de liberdade. Uma existência francesa, um brilho universal. Ela nos tocou. Lamentamos a perda de uma lenda do século", escreveu o líder francês.

A ministra da Cultura, Rachida Dati, lembrou sua dedicação aos animais: "Uma incansável defensora dos direitos dos animais, ela é uma lenda que ajudou a moldar nosso imaginário, sem jamais se deixar aprisionar por ele. Livre de forma selvagem e, em última análise, tão francesa", escreveu, prestando homenagem a "um ícone entre ícones".

A presidente da Assembleia Nacional, Yaël Braun-Pivet, destacou que a atriz "se tornou emblemática da influência cultural francesa".

"As artes francesas perderam uma lenda", lamentou o ex-ministro do Interior e presidente do partido Os Republicanos (LR).

Posições de extrema direita

Marine Le Pen, líder dos deputados do partido Reunião Nacional, com o qual Bardot era próxima, afirmou: "Ela era uma mulher excepcional, por seu talento, sua coragem, sua franqueza, sua beleza. Uma mulher que escolheu romper com uma carreira incrível para se dedicar aos animais, que defendeu até o último suspiro com energia e amor inesgotáveis."

O presidente do partido, Jordan Bardella, lamentou a morte de uma "patriota fervorosa, amante dos animais que protegeu durante toda a vida", afirmando que Brigitte Bardot "personificou toda uma era da história francesa, mas também, e sobretudo, uma certa ideia de coragem e liberdade".

Após se afastar do cinema, Bardot causou polêmica principalmente por seus posicionamentos contra imigrantes e próximos da extrema direita. Suas declarações contra o islamismo, o abate ritual no Aïd e a carne halal foram vistas como discurso hostil a muçulmanos e à imigração, levando-a a ser condenada seis vezes por incitação ao ódio racial entre 1997 e 2008. Bardot se dizia conservadora e patriota, defendendo a direita como "remédio urgente" para a França.

Em sua biografia de 1996, elogiou Jean-Marie Le Pen e admitiu compartilhar suas ideias contra a imigração. Em 2012, apoiou a candidatura de Marine Le Pen à presidência.

Homenagens pelo ativismo animal

Apesar das polêmicas políticas, seu trabalho em defesa dos animais foi amplamente lembrado. "Desde os pombos que resgatou em Saint-Tropez até seus amados cães, Brigitte fará falta à PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais)", escreveu Ingrid Newkirk, fundadora da organização de direitos dos animais, em comunicado.

Ela era "um anjo para os animais" e "lutou, inclusive nos tribunais, para protegê-los", continuou. No livro de Newkirk, One Can Make a Difference (2008), Bardot relatou como vendeu joias e outros pertences "para criar um santuário e defender os animais".

A fundadora da PETA pediu "ao público que honre sua memória agindo em prol dos animais hoje, para que as sementes que ela plantou continuem a florescer". A ONG premiou Bardot em 2001 por seu ativismo. Além disso, a estrela participou de campanhas da organização, como a de 2013 para que a varejista britânica Fortnum & Mason parasse de vender foie gras.

Saint-Tropez era seu refúgio

A atriz também recebeu homenagem da cidade de Saint-Tropez, balneário do sul da França imortalizado por ela.

"Brigitte Bardot ajudou a fazer Saint-Tropez brilhar em todo o mundo" e "continuará a viver na alma da nossa cidade", declarou a prefeitura.

Em 1956, o escândalo em torno do filme E Deus Criou a Mulher, de Roger Vadim, então marido de Bardot, catapultou a atriz e a vila de pescadores para as manchetes. Desde então, Saint-Tropez permaneceu seu refúgio predileto, especialmente La Madrague, a mansão à beira-mar onde Brigitte Bardot faleceu na manhã deste domingo.

RFI e AFP

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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