Londres busca reforçar apoio militar à Ucrânia e endurecer sanções contra Moscou
Reunidos em Londres nesta quinta-feira (24), representantes de 31 países da chamada "coalizão dos voluntários" reafirmaram o compromisso de manter o apoio militar à Ucrânia e aumentar a pressão econômica sobre a Rússia. O encontro, liderado pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, acontece às vésperas de um novo inverno sob bombardeios russos e num momento em que Kiev cobra mais ações concretas dos aliados.
Reunidos em Londres nesta quinta-feira (24), representantes de 31 países da chamada "coalizão dos voluntários" reafirmaram o compromisso de manter o apoio militar à Ucrânia e aumentar a pressão econômica sobre a Rússia. O encontro, liderado pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, acontece às vésperas de um novo inverno sob bombardeios russos e num momento em que Kiev cobra mais ações concretas dos aliados.
A "coalizão dos voluntários" se reuniu nesta quinta-feira (24) em Londres para coordenar o apoio militar à Ucrânia e endurecer as sanções contra Moscou. Trinta e um países participaram presencialmente e por videoconferência, mostrando unidade diante de uma guerra que entra em seu terceiro inverno (do hemisfério norte).
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, anfitrião do encontro, dirigiu-se ao presidente Volodymyr Zelensky para reafirmar seu compromisso com Kiev. Segundo ele, "a coalizão se reúne com frequência, e isso é uma boa coisa. Mostra que estamos superando juntos os desafios e que estamos ao seu lado, ao lado da Ucrânia, como sempre estivemos".
Starmer afirmou ainda que "podemos realmente aumentar a pressão sobre o petróleo e o gás russos. Já houve grandes avanços, e acredito que podemos fazer ainda mais em termos de mísseis, especialmente de longo alcance".
De um lado, a meta é cortar as fontes de receita da Rússia, atingindo com mais força sua indústria de petróleo e gás. De outro, intensificar o envio de mísseis de longo alcance — como os prometidos pela França.
Coalizão
O presidente Emmanuel Macron declarou em Paris que "nos próximos dias entregaremos mísseis Aster adicionais, novos programas de treinamento e novos caças Mirage", sem dar mais detalhes. Ele acrescentou que "é fundamental manter nosso esforço de apoio à Ucrânia". Até agora, a França entregou três dos seis caças Mirage 2000 prometidos, um deles abatido em julho.
Os mísseis Aster 15 e 30, desenvolvidos em parceria com a Itália, integram o sistema de defesa SAMP/T MAMBA, equivalente ao Patriot norte-americano. Macron reforçou ainda que "é muito importante continuar nossos esforços de apoio à Ucrânia e de pressão sobre a Rússia".
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que se reuniu nesta manhã com o rei Charles III em Windsor, voltou a pedir mais ajuda dos aliados — em especial o desbloqueio dos bilhões de euros em ativos russos congelados para financiar a defesa de seu país. Esse apoio é considerado essencial para que a Ucrânia resista ao inverno, marcado pela intensificação dos combates e dos ataques russos contra a infraestrutura civil.