EUA ajustam presença militar na Romênia, mas negam retirada de tropas da Europa
Após o governo dos Estados Unidos informar à Romênia e seus aliados que vai retirar parte de suas tropas mobilizadas na frente leste da Europa, os militares americanos reiteraram, nesta quarta-feira (29), que as mudanças previstas no efetivo europeu não representam uma "retirada". O anúncio sobre a redução do número de soldados em território romeno foi feito mais cedo por Bucareste, decisão que a Otan classificou como um "ajuste".
Após o governo dos Estados Unidos informar à Romênia e seus aliados que vai retirar parte de suas tropas mobilizadas na frente leste da Europa, os militares americanos reiteraram, nesta quarta-feira (29), que as mudanças previstas no efetivo europeu não representam uma "retirada". O anúncio sobre a redução do número de soldados em território romeno foi feito mais cedo por Bucareste, decisão que a Otan classificou como um "ajuste".
A Romênia é um dos países situados na linha de frente do flanco leste da Otan e está particularmente preocupada com as consequências da invasão russa à Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022 e sem sinais de término.
"A decisão dos Estados Unidos consiste em suspender a rotação na Europa de uma brigada que tinha unidades em vários países da Otan", indicou o Ministério da Defesa romeno, que destacou que cerca de mil soldados americanos permanecerão posicionados em seu território.
"Não se trata de uma retirada das forças americanas, mas do fim da rotação de uma brigada que tinha unidades em vários países da Otan, incluindo Bulgária, Romênia, Eslováquia e Hungria", explicou o ministro da Defesa, Ionut Mosteanu.
Um funcionário da Otan minimizou o anúncio e disse que a organização foi informada pelo governo do presidente americano Donald Trump.
"Mesmo com este ajuste, a presença das forças americanas na Europa continua sendo maior do que em muitos anos, com muito mais tropas no continente do que antes de 2022", quando a Rússia invadiu a Ucrânia, afirmou a fonte à AFP, antes de destacar que o compromisso de Washington com a Otan continua sendo "claro".
"Maior responsabilidade"
Os Estados Unidos declararam que "este é um sinal positivo de maior capacidade e responsabilidade na Europa".
Os militares especificaram que a 2ª Brigada de Infantaria de Combate da 101ª Divisão Aerotransportada, sediada na Romênia, retornará ao quartel-general no Kentucky e não será substituída.
Não foi indicado o número exato de soldados envolvidos, mas uma brigada é composta por entre 3 mil e 5 mil homens.
Bucareste, por sua vez, afirmou que aproximadamente mil soldados permanecerão estacionados após essa redistribuição.
"Este ajuste na presença militar americana não alterará o ambiente de segurança na Europa", reiteraram os militares dos EUA.
"Os Estados Unidos permanecem comprometidos com a Romênia" e "nossa forte presença e compromisso duradouro com a Europa permanecem inabaláveis", afirmou o embaixador dos EUA na Otan, Matt Whitaker.
Com AFP