Casos de violência sexual aumentam na França, mas denúncias continuam baixas
Cada vez mais franceses declaram ter sido vítimas de algum tipo de violência sexual. Segundo a pesquisa "Experiência e percepção em matéria de segurança", publicada na quinta-feira (30) pelo serviço estatístico do Ministério do Interior da França, o número de vítimas cresceu 16% entre 2022 e 2023. O levantamento foi baseado nas respostas de cerca de 200 mil pessoas.
Cada vez mais franceses declaram ter sido vítimas de algum tipo de violência sexual. Segundo a pesquisa "Experiência e percepção em matéria de segurança", publicada na quinta-feira (30) pelo serviço estatístico do Ministério do Interior da França, o número de vítimas cresceu 16% entre 2022 e 2023. O levantamento foi baseado nas respostas de cerca de 200 mil pessoas.
Detalhadamente, o aumento foi de 20% no caso de violências físicas (estupro, agressão sexual) e de 14% para violências não físicas (assédio, envio de imagens sexuais sem consentimento). Por outro lado, o número de registros de queixa permanece estável e em um nível baixo: apenas 3% em média.
Ainda segundo a pesquisa, os motivos para não registrar queixa incluem a crença de que não adiantaria, a percepção de que os fatos não eram graves o suficiente ou o medo de serem mal recebidas pelas autoridades.
Jovens e mulheres têm mais risco de sofrer violência sexual
A grande maioria das vítimas são mulheres e jovens. O serviço estatístico do ministério destaca que pessoas entre 18 e 24 anos têm quatro vezes mais risco de sofrer violência sexual do que outras faixas etárias. Para as mulheres, esse risco é cinco vezes maior. São justamente esses grupos que relatam sentir maior insegurança no dia a dia.
Na época da pesquisa, realizada em 2024, cerca de 30% das mulheres e jovens entrevistadas disseram que frequentemente deixavam de sair de casa por motivos de segurança.
A pesquisa também apontou aumento de 14% no número de vítimas de roubo ou tentativa de roubo; crescimento de 31% nas taxas de roubo, tentativa de roubo ou atos de vandalismo contra veículos; e aumento de 17% de vítimas de discriminação, sendo a maioria relacionada à origem étnica.
Com agências