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Belarus liberta Nobel da Paz e líder da oposição após suspensão de sanções pelos EUA

Belarus libertou neste sábado (13) 123 prisioneiros, incluindo a líder da oposição Maria Kolesnikova e o ganhador do Nobel da Paz Ales Bialiatsky, informou a ONG de direitos humanos Viasna. O anúncio ocorreu pouco depois de um enviado dos EUA em visita a Minsk declarar que Washington suspendeu as sanções contra o potássio bielorrusso.

13 dez 2025 - 11h54
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O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, "decidiu conceder indulto a 123 cidadãos de diversos países", informou a conta Poul Pervogo do Telegram, ligada à presidência bielorrussa. A decisão foi tomada após negociações com os Estados Unidos. A mensagem, no entanto, não divulgou os nomes dos libertados.

Belarus libertou neste sábado (13) 123 prisioneiros, incluindo a líder da oposição Maria Kolesnikova (na foto) e o ganhador do Nobel da Paz Ales Bialiatsky.
Belarus libertou neste sábado (13) 123 prisioneiros, incluindo a líder da oposição Maria Kolesnikova (na foto) e o ganhador do Nobel da Paz Ales Bialiatsky.
Foto: AFP - RAMIL NASIBULIN / RFI

A libertação do ativista Ales Bialiatski, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2022, e da líder da oposição Maria Kolesnikova, foi anunciada pela ONG Viasna. Ales Bialiatski, de 63 anos, fundou em 1996 a Viasna ("Primavera") e dirigiu por anos principal a ONG que é o principal grupo de defesa dos direitos humanos e fonte essencial de informações sobre a repressão no país do Leste Europeu.

Maria Kolesnikova, de 43 anos, música de formação, foi uma das líderes das manifestações massivas contra a reeleição considerada fraudulenta de Lukashenko em 2020. Os dois opositores foram presos durante a violenta repressão ao movimento de protesto e condenados a longas penas de prisão.

Prêmio Nobel na prisão

Ales Bialiatski recebeu o Nobel da Paz em 2022, enquanto estava detido. Ele compartilhou o prêmio com a ONG Memorial (Rússia) e o Centro para as Liberdades Civis (Ucrânia).

"Falei com ele que está a caminho da Lituânia e se sente bem", declarou à AFP sua esposa, Natalia Pintchouk.

As libertações ocorrem após o anúncio do emissário americano John Coale, em visita a Minsk, sobre a suspensão das sanções dos EUA ao potássio, componente usado na fabricação de fertilizantes e do qual Belarus é grande produtora.

Nos últimos meses, Donald Trump incentivou Minsk a libertar centenas de presos políticos. Inicialmente, Lukashenko, no poder há mais de 30 anos, havia concedido perdão a dezenas de pessoas. Em troca, Washington suspendeu parcialmente sanções contra a companhia aérea bielorrussa Belavia, permitindo que ela realizasse manutenção e adquirisse peças para sua frota, que inclui aviões Boeing.

Lukashenko e Putin

O emissário americano John Coale afirmou neste sábado que a proximidade entre Lukashenko e o presidente russo Vladimir Putin pode ser útil na difícil mediação dos EUA para tentar encerrar a guerra entre Kiev e Moscou. "O presidente (Lukashenko) tem uma longa história com o presidente Putin e a capacidade de aconselhá-lo. Isso é muito útil nesta situação", declarou Coale, citado pela agência estatal bielorrussa Belta.

Aleksandr Lukashenko, 71 anos, reprimiu vários movimentos de contestação, incluindo o mais importante, em 2020 e 2021. Essa onda de protestos fragilizou seriamente o regime bielorrusso, levando-o a pedir ajuda a Vladimir Putin. Desde então, Minsk tornou-se muito mais dependente da Rússia, ao contrário do período anterior, quando Lukashenko buscava equilibrar suas relações entre o Kremlin e o Ocidente.

(Com AFP)

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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