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'Desarmar o Hamas e reconstruir Gaza é muito difícil', diz vice-presidente americano JD Vance

Em visita a Jerusalém para reforçar o apoio ao cessar-fogo promovido por Washington entre Israel e Hamas, o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, alertou sobre o desafio de desarmar o Hamas e reconstruir Gaza. As declarações ocorreram durante uma coletiva de imprensa com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

22 out 2025 - 14h24
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Em visita a Jerusalém para reforçar o apoio ao cessar-fogo promovido por Washington entre Israel e Hamas, o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, alertou sobre o desafio de desarmar o Hamas e reconstruir Gaza. As declarações ocorreram durante uma coletiva de imprensa com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

"Temos uma tarefa muito difícil pela frente: desarmar o Hamas e reconstruir Gaza, para melhorar a vida da população de Gaza, mas também para garantir que o Hamas não represente mais uma ameaça para nossos amigos em Israel", disse Vance.

O chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, também viaja amanhã, quinta-feira (23), para Israel como parte da ofensiva diplomática de Washington.

Durante uma coletiva de imprensa na terça-feira (21) na cidade de Kiryat Gat, ao sul de Israel, o vice-presidente expressou seu "grande otimismo" quanto à manutenção da trégua, apesar da violência do último fim de semana.

Vance afirmou que não estabeleceriam um prazo para o desarmamento do Hamas, embora Israel suspeite que o grupo tenha aproveitado o cessar-fogo para se reafirmar em Gaza.

O grupo islâmico até agora se recusou a considerar seu desarmamento e seus combatentes foram reposicionados em várias áreas de Gaza, enfrentando grupos armados que acusam de "colaborar" com Israel.

Ideias para o 'dia depois'

Netanyahu garantiu nesta quarta-feira (22) que já foram debatidas ideias para o "dia depois". "Estamos criando um dia depois incrível, com uma visão completamente nova sobre como estabelecer um governo civil, como garantir a segurança ali e quem poderia fornecê-la", disse.

"Não será fácil", mas "é possível", considerou. "Estamos realmente criando um plano de paz e uma infraestrutura aqui onde não existia nada há apenas uma semana e um dia", acrescentou.

Vance afirmou que o acordo sobre Gaza também pode abrir caminho para alianças mais amplas para Israel no Oriente Médio.

"Acredito que esse acordo sobre Gaza é fundamental para desbloquear os Acordos de Abraão", disse Vance, referindo-se à série de pactos de normalização entre Israel e vários países árabes, em 2020.

"Mas o que isso pode permitir é uma estrutura de aliança no Oriente Médio que persevere, perdure e permita que as pessoas de bem dessa região, e do mundo, tomem a iniciativa e assumam a responsabilidade por seu próprio território."

O presidente Donald Trump quer reativar os Acordos de Abraão, concluídos durante seu primeiro mandato, entre Israel, por um lado, e os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos, por outro.

Política "Bibi-sitter"

O jornal israelense Yediot Aharonot questiona se, sob o governo de Benjamin Netanyahu, Israel se tornou o 51º estado dos Estados Unidos. 

Para a administração Trump, a estabilidade no Oriente Médio e a reconstrução da Faixa de Gaza são um bom negócio, e não permitirão que as necessidades políticas do primeiro-ministro israelense atrapalhem isso. Por isso, um a um, chegam a Jerusalém os funcionários mais próximos do presidente americano.

Alguns chamam essa nova política americana de "Bibi-sitter", fazendo uma junção com o apelido do primeiro-ministro Netanyahu e a palavra baby-sitter (babá, em inglês). 

Além de Vance, estão em Israel os enviados Wittkopf e Kushnir. Quando eles deixarem o país, chegará o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio.

RFI com AFP

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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