Ataque dos EUA contra barco no Pacífico deixa mais quatro mortos
Operações americanas contra narcotráfico mataram 99 pessoas desde setembro; Venezuela vê tentativa de intimidar Maduro
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Ataque dos EUA a embarcação no Pacífico deixou quatro mortos, elevando a 99 o número de óbitos desde setembro em operações contra o narcotráfico; Venezuela acusa os EUA de usarem tais ações para pressionar Maduro e enfraquecer sua economia.
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As Forças Armadas dos Estados Unidos confirmaram, nesta quarta-feira, 17, que quatro pessoas morreram em um ataque contra uma embarcação no Pacífico. Em uma publicação no X, o Comando Sul dos EUA diz que a embarcação estava em uma rota conhecida e envolvida com o narcotráfico.
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Desde o início de setembro, o Exército americano, sob o comando de Pete Hegseth, chefe do Pentágono, tem como alvo supostos barcos de tráfico de drogas no mar do Caribe e no Pacífico. Com este novo ataque, pelo menos 27 embarcações já foram destruídas, e 99 pessoas foram mortas, estima-se.
Os ataques aconteceram com uma enorme mobilização militar dos EUA no Caribe, incluindo o maior porta-aviões do mundo, e uma série de outros navios de guerra, de acordo com informações da agência AFP.
On Dec. 17, at the direction of @SecWar Pete Hegseth, Joint Task Force Southern Spear conducted a lethal kinetic strike on a vessel operated by a Designated Terrorist Organizations in international waters. Intelligence confirmed that the vessel was transiting along a known… pic.twitter.com/Yhu3LSOyea
— U.S. Southern Command (@Southcom) December 18, 2025
O presidente Donald Trump afirma que o objetivo é combater o narcotráfico, enquanto o ditador Venezuelano Nicolás Maduro afirma que trata-se de um pretexto para uma mudança de regime em Caracas.
Na última semana, os EUA capturaram um navio petroleiro na costa da Venezuela. Caso a medida se repita, pode ser considerada uma forma de sufocar a economia do país, que tem as maiores reservas de petróleo do mundo, e tem uma economia que depende da exportação.
Nesta quarta, o regime Maduro convocou uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas para abordar a “agressão persistente” dos EUA contra o país. O órgão irá se reunir para discutir a questão no próximo dia 23, mas é improvável que a Venezuela saia com uma decisão favorável. Isso porque Washington tem poder de veto.
Na terça-feira, 16, Trump declarou um bloqueio contra os petroleiros sob sanção dos EUA, para que entrem ou saiam da Venezuela. O passo foi considerado o mais claro em direção de uma guerra aberta entre os dois países. O governo de Maduro depende da arrecadação das exportações de petróleo, um pilar da economia venezuelana.
Em resposta, o ditador chamou o bloqueio de irracional e “ameaça grotesca”, e recebeu apoio das Forças Armadas da Venezuela. Na quarta, a Marinha do país latino começou a escoltar petroleiros em suas águas territoriais, segundo o jornal The New York Times, citando autoridades americanas que monitoram o movimento.
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