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Novos ataques americanos contra barcos suspeitos de tráfico no Pacífico deixam 8 mortos

Em comunicado, os militares afirmaram que os alvos estariam ligados a organizações classificadas por Washington como terroristas

16 dez 2025 - 06h12
(atualizado às 08h20)
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Resumo
Ataques americanos a barcos no Pacífico, suspeitos de tráfico e ligados a organizações terroristas, resultaram em 8 mortes; a campanha militar, iniciada em setembro sob o governo Trump, enfrenta críticas por falta de provas e possível ilegalidade.
Um ataque militar dos EUA ao que eles afirmaram ser um navio suspeito de transportar drogas em águas internacionais, em um local indicado como o Pacífico Oriental na captura de tela do vídeo divulgado em 4 de dezembro de 2025.
Um ataque militar dos EUA ao que eles afirmaram ser um navio suspeito de transportar drogas em águas internacionais, em um local indicado como o Pacífico Oriental na captura de tela do vídeo divulgado em 4 de dezembro de 2025.
Foto: via REUTERS - U.S. SOUTHERN COMMAND / RFI

Luciana Rosa, correspondente da RFI em Nova York

As Forças Armadas dos Estados Unidos confirmaram nesta segunda-feira (15) que atacaram três embarcações no Oceano Pacífico por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas. Oito pessoas morreram nas operações, realizadas em águas internacionais.

Em comunicado divulgado nas redes sociais, os militares afirmaram que os alvos estariam ligados a organizações classificadas por Washington como terroristas. Três pessoas morreram no primeiro barco atingido, duas no segundo e outras três no terceiro. 

"Serviços de inteligência confirmaram que embarcações estavam transitando por rotas conhecidas do narcotráfico no leste do Pacífico e estavam envolvidas com o narcotráfico", afirmou a nota.

A publicação, acompanhada de um vídeo, mostra bombardeios às embarcações em alto mar. 

Campanha militar

Os ataques fazem parte de uma campanha militar iniciada em setembro pela administração do presidente Donald Trump, sob a justificativa de tentar conter o fluxo de drogas em direção aos Estados Unidos. Desde então, ao menos 95 pessoas morreram em 26 operações, de acordo com dados oficiais.

No entanto, até o momento, o governo americano não apresentou provas públicas das supostas atividades de narcotráfico. A falta de evidências leva especialistas e a ONU a questionarem a legalidade das operações.

No início de dezembro, a ONG Human Rights Watch pediu que aliados dos Estados Unidos condenem os ataques contra os barcos no Oceano Pacífico, que classifica de "ilegais".

"Segundo o direito internacional, o recurso intencional a uma força letal só é permitido em último caso contra um indivíduo que represente uma ameaça iminente à vida", também destacou, em outubro, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Conflito contra cartéis

Trump defende a ofensiva como uma escalada necessária no combate ao narcotráfico e afirma que os Estados Unidos enfrentam um "conflito armado" com cartéis de drogas. O líder republicano acusa diretamente o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de chefiar uma vasta rede de comércio ilícito de entorpecentes. 

A estratégia, no entanto, tem provocado reações no Congresso americano. Parlamentares questionam a base legal das ações em águas internacionais e a falta de transparência na identificação dos alvos e o uso de força letal.

Um dos episódios mais criticados envolveu um ataque que matou dois sobreviventes que se agarravam aos destroços de uma embarcação já atingida em um primeiro bombardeio.

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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