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Ásia

ONU critica Indonésia por negar clemência

País executou oito condenados por tráfico de drogas

29 abr 2015 - 15h50
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O brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 42 anos, foi fuzilado, assim como outros sete detentos
O brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 42 anos, foi fuzilado, assim como outros sete detentos
Foto: BBC Brasil / Reprodução

A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que é "incompreensível" a decisão da Indonésia de rejeitar os pedidos de clemência dos condenados à morte por tráfico de drogas. Ontem

(28), o país fuzilou oito pessoas, entre elas o brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 42 anos. "A Indonésia faz apelos de clemência quando seus cidadãos correm riscos em outros países. Por isso, é incompreensível a rejeição dos pedidos de clemência para crimes menos graves em seu solo", disse um porta-voz do alto comissário da ONU para o Direitos Humanos.

A entidade destacou que as penas capitais devem se limitar a crimes graves, principalmente os que envolvem homicídios voluntários. O governo brasileiro e os advogados de Gularte tentaram até o último instante anular a execução. Segundo nota lida no Palácio Itamaraty pelo secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Sérgio Danese, a presidente Dilma Rousseff enviou carta ao mandatário indonésio, Joko Widodo, clamando para que a pena capital fosse comutada, por causa do quadro psiquiátrico do brasileiro. Por isso, a notícia do fuzilamento foi recebida pelas autoridades de Brasília com "profunda consternação".

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Gularte foi morto na tarde de ontem, junto com o indonésio Zainal Abidin, os australianos Andrew Chan e Myuran Sukumaran, os nigerianos Sylvester Obiekwe, Raheem Agbaje e Okwudili Oyatanze e o ganês Martin Anderson.

O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, também repudiou as execuções e anunciou que convocará o embaixador indonésio no país para consultas. "As execuções são crueis e inúteis", disse Abbott, destacando que as relações com a Indonésia entraram "em um momento obscuro". 

TV indonésia causa polêmica com simulação do fuzilamento:
Fonte: Ansa Brasil
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