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Após decisão de corte internacional, palestinos querem ação e não palavras

24 mai 2024 - 15h42
(atualizado às 19h06)
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Desalojada pela ofensiva de Israel na Faixa de Gaza que já dura sete meses, Salwa al-Masri tem pouca esperança de que seu sofrimento será amenizado por uma decisão do mais alto tribunal da Organização das Nações Unidas (ONU), que pediu o fim da operação israelense na cidade de Rafah.    "Os massacres só estão aumentando", afirmou, enquanto cozinhava em uma fogueira em frente a uma barraca em Deir al-Balah. "Eles não deviam dizer uma coisa, quando as ações deles dizem outra."    Masri, que teve de deixar a sua casa, no norte da Faixa de Gaza, logo no início da guerra, acrescentou: "Queremos que essas decisões sejam implementadas em solo".    Juízes da Corte Internacional de Justiça ordenaram nesta sexta-feira que Israel cesse sua ofensiva sobre a província de Rafah. Trata-se de uma decisão emergencial em uma ação proposta pela África do Sul, que acusa Israel de genocídio em seu ataque contra a Faixa de Gaza.    Mas a corte não tem meios de forçar Israel a seguir suas ordens, e o ministro do gabinete de guerra do Estado judaico, Benny Gantz, afirmou que o país continuará sua guerra "justa e necessária" contra o grupo militante Hamas, para garantir o retorno dos reféns em segurança.    Combatentes do Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas em Israel no ataque de 7 de outubro, e sequestraram outras 250 pessoas, de acordo com contagens israelenses. Autoridades de Saúde da Faixa de Gaza afirmam que mais de 35 mil palestinos morreram na ofensiva israelense feita em retaliação ao ataque, deixando a maior parte do enclave sob ruínas.    Israel rejeitou a acusação da África do Sul, dizendo que está apenas se defendendo do Hamas. O grupo militante saudou a decisão do tribunal, mas disse que ela não é suficiente, "já que a ocupação na Faixa de Gaza, e especialmente no norte de Gaza, é brutal e perigosa".   

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