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América Latina

Mães da Praça de Maio dizem que "choram" por morte de Kirchner

27 out 2010 - 15h46
(atualizado em 29/10/2010 às 10h39)
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A Associação das Mães da Praça de Maio manifestou nesta quarta-feira sua dor pela morte do ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner. Em comunicado, a organização afirmou que "as mães" choram pela morte de Kirchner da mesma forma como a de seus filhos, desaparecidos durante a ditadura militar.

"As mães" ficaram conhecidas pelas manifestações realizadas na Praça de Maio, onde fica a sede do Poder Executivo argentino, em busca de informações de seus filhos, sequestrados durante a ditadura militar (1976-1983).

A nota, assinada pela presidente da associação, Hebe de Bonafini, afirma ainda que "com o mesmo compromisso da promessa que fizemos a nossos filhos, não abandonaremos a luta". A titular das avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto, afirmou ter "perdido um amigo". "É um homem que entrou nos nossas casas como um só. Temos de estar unidos como um país e ajudar a Cristina (Fernández de Kirchner, presidente da Argentina)", afirmou Carlotto em entrevista na televisão pública.

Nora Cortiñas, integrante do grupo das Mães da Praça de Maio, manifestou pesar pela notícia e disse que considerava Kirchner como "um homem cheio de vitalidade e força para lutar e manter seus ideais". Taty Almeida, da mesma organização, se mostrou inconsolável pela morte do ex-presidente.

Trajetória
Nascido em 25 de fevereiro de 1950 em Rio Gallegos, na província de Santa Cruz, Patagônia, Néstor Carlos Kirchner teve uma vida dedicada à política. Participou desde cedo de movimentos, fazendo oposição ao governo militar como parte da Juventude Peronista. Chegou à Presidência da Argentina em 2003, fazendo sua mulher como sucessora em 2007.

Considerado um homem público com um caráter implacável frente a seus adversários, Kirchner foi um dos políticos mais influentes do país e um potencial candidato para as eleições de outubro do ano que vem.

No início da década de 70, Kirchner estudou Direito na Universidade Nacional de La Plata. Em 1975, casou-se com Cristina Fernández, também militante do movimento justicialista. Em setembro de 1987, como candidato peronista, Kirchner foi eleito prefeito de Rio Gallegos. O sucesso de sua administração o levou a ser candidato a governador da província de Santa Cruz, cargo em que permaneceu de 1991 a 2003.

Em 2003, Kirchner saiu em segundo lugar no primeiro turno das eleições, atrás do também peronista Carlos Saúl Menem. Apoiado pelo então chefe do Executivo da Argentina, Eduardo Duhalde, Néstor Kirchner virou o jogo e venceu o ex-presidente Menem, criticado por ter encabeçado um governo marcado por uma forte crise econômica.

Fonte: Terra
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