Script = https://s1.trrsf.com/update-1765905308/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

África

Após fim da ajuda americana, cinco presidentes africanos expõem a Trump as riquezas de seus subsolos

Donald Trump recebeu os presidentes da Libéria, Mauritânia, Guiné-Bissau, Senegal e Gabão na Casa Branca, nesta quarta-feira (9), para uma minicúpula que teve como pano de fundo o objetivo de combater a crescente influência da China no continente africano.

10 jul 2025 - 10h38
Compartilhar
Exibir comentários

Donald Trump recebeu os presidentes da Libéria, Mauritânia, Guiné-Bissau, Senegal e Gabão na Casa Branca, nesta quarta-feira (9), para uma minicúpula que teve como pano de fundo o objetivo de combater a crescente influência da China no continente africano.

Presidente Donald Trump recebeu líderes do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, de Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo, do Gabão, Brice Oligui Nguema, da Libéria, Joseph Boakai, e da Mauritânia, Mohamed Ould Ghazouani. (09/07/2025)
Presidente Donald Trump recebeu líderes do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, de Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo, do Gabão, Brice Oligui Nguema, da Libéria, Joseph Boakai, e da Mauritânia, Mohamed Ould Ghazouani. (09/07/2025)
Foto: © AP / RFI

Sentados à mesa nesta quarta-feira estavam Bassirou Diomaye Faye, do Senegal; Umaro Sissoco Embaló, de Guiné-Bissau; Brice Oligui Nguema, do Gabão; Joseph Boakai, da Libéria; e Mohamed Ould Ghazouani, da Mauritânia.

Oficialmente, os cinco presidentes africanos haviam sido convidados a Washington para discutir comércio, investimentos e segurança. Mas, ao iniciar o almoço de trabalho, Donald Trump evidenciou imediatamente o principal motivo do convite: descrever os cinco países à imprensa como "lugares dinâmicos com terras muito valiosas, grandes minerais, grandes reservas de petróleo e pessoas maravilhosas".

"Há um grande potencial econômico na África, como em poucos outros lugares, em muitos aspectos", declarou, acrescentando que desejava aumentar o envolvimento dos Estados Unidos no continente.

Desde seu retorno à Casa Branca, o presidente americano tem defendido uma diplomacia baseada em princípios de transações comerciais e colocado a questão dos minerais no centro das negociações com muitos países estrangeiros, como com a Ucrânia e ao mediar um acordo de paz entre Ruanda e a República Democrática do Congo (RDC). Os cinco presidentes africanos recebidos na quarta-feira são para ele, portanto, líderes de nações ricas em minerais, especialmente ouro ou terras raras, componentes críticos para a economia global, essenciais para aparelhos eletrônicos e veículos elétricos.

Elogios a Trump

Durante uma mesa redonda preliminar, muitos líderes elogiaram seus respectivos países e o próprio Trump. O primeiro a falar, Mohamed Ould Ghazouani, enfatizou que era, acima de tudo, um pacifista que luta pela paz, em especial no Oriente Médio. Depois, reiterou que seu país tem muitas oportunidades a oferecer.

"Temos minerais, terras raras, minerais raros. Temos manganês, temos urânio e temos boas razões para acreditar que temos lítio e outros minerais", declarou o presidente mauritano.

O presidente senegalês, Bassirou Diomaye Faye, "quis tranquilizar todos os investidores americanos sobre a estabilidade política" de seu país e seu "ambiente regulatório favorável", antes de destacar seus ricos recursos de petróleo e gás natural. Elogiando as habilidades de golfe do presidente americano, ele também sugeriu que ele investisse na criação de um clube no Senegal.

"O Gabão é um país rico", declarou, por sua vez, o presidente Brice Clotaire Oligui Nguema."Temos mais de 2 milhões de habitantes e uma grande diversidade de matérias-primas, reservas de petróleo e gás, e gostaríamos de ver esses recursos explorados."

De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), em 2023 o Gabão foi o segundo maior produtor mundial de manganês — um mineral utilizado na fabricação de baterias —, atrás apenas da África do Sul.

Em vez de ajuda, investimentos

Embora ainda não tenha algum acordo assinado, Donald Trump voltou a informar seus convidados sobre sua mudança radical de política: investimento privado em vez de ajuda internacional. A reunião de quarta-feira ocorre poucos dias após o desmantelamento oficial da USAID, a Agência dos Estados Unidos de Desenvolvimento Internacional, que beneficiou diversos países africanos.

Segundo o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, a ajuda humanitária dos EUA representava 2,5% do PIB da Libéria e 48% de seu orçamento para a saúde. Em vez disso, Donald Trump quer estabelecer parcerias focadas em recursos subterrâneos. Essa também é uma forma de competir com seu principal rival no continente africano: a China.

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade