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Motoboy que empurrou dono de lanchonete em Curitiba alega legítima defesa

Entregador se apresentou à polícia e foi liberado; ele disse ter deixado o local antes da chegada da polícia porque a esposa da vítima pediu

22 mai 2024 - 13h21
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O motoboy suspeito de empurrar e provocar a morte do comerciante Antônio Gregório de Almeida, de 62 anos, em uma lanchonete de Curitiba (PR), se apresentou à Polícia Civil nesta quarta-feira (22) e alegou ter se defendido. A briga seguida de um empurrão foi motivada por um troco de R$ 27 de uma entrega.

Antônio Gregório, dono de uma tradicional lanchonete situada no bairro Uberaba, foi empurrado, caiu e bateu a cabeça — o que causou um traumatismo craniano e a morte. De acordo com o delegado Victor Menezes, o suspeito não deverá ser indiciado por homicídio doloso (quando tem intenção de matar).

O empresário Antônio Gregório de Almeida, de 62 anos –
O empresário Antônio Gregório de Almeida, de 62 anos –
Foto: Reprodução/Redes sociais / Banda B

"Tudo aponta que não houve uma intenção deliberada de cometimento do homicídio. Não podemos falar de um homicídio doloso. O que acontece é que houve um desentendimento no contexto empresarial, onde o troco não foi devolvido pelo funcionário", disse Menezes à Banda B.

O delegado afirmou que o troco — que gerou a confusão — havia caído no chão. No entanto, o dono da lanchonete, mesmo depois de ter pego o troco do chão, questionou o motoboy sobre o valor supostamente não devolvido.

Motoboy trabalhava há quatro anos na lanchonete da vítima –
Motoboy trabalhava há quatro anos na lanchonete da vítima –
Foto: Reprodução. / Banda B

"O funcionário tentou desviar do seu patrão, a vítima, mas houve um início de briga. A vítima teria o agarrado pela camisa, e o investigado teria a empurrado, que caiu ao solo, bateu a cabeça e morreu."

Embora o motoboy não tenha sido encontrado no local pela polícia, ele afirmou ao delegado que foi embora após a esposa da vítima pedir. O funcionário também comprovou, por meio de registros de ligações, que acionou uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) duas vezes.

"A esposa da vítima pediu várias vezes ao autor que ele saísse do local para não causar um problema maior. Ela estava com medo da reação dos filhos", explicou Victor Menezes. Apesar de ter ido embora, diz o delegado, o motoboy "já tinha se prontificado a comparecer na delegacia e parece ser uma pessoa bem colaborativa".

Testemunhas ouvidas pela polícia até o momento corroboram com a versão dada pelo motoboy. "Todas as testemunhas apontam que houve essa discussão em relação ao troco que teria caído das vestes do motoboy. Todos dizem também que a vítima era uma pessoa mais rigorosa e rédea curta com os funcionários e que costumava pegar no pé deles por qualquer desvio", disse o delegado.

"O autor tentou se desvencilhar da vítima, mas, ao repelir a agressão, ela caiu, bateu a cabeça no chão e morreu", concluiu o delegado.

Crime aconteceu em lanchonete situada na Avenida Senador Salgado Filho, no bairro Uberaba –
Crime aconteceu em lanchonete situada na Avenida Senador Salgado Filho, no bairro Uberaba –
Foto: Banda B / Banda B

O motoboy deverá responder por lesão corporal seguida de morte.

O corpo de Antônio Gregório de Almeida foi sepultado na manhã desta terça-feira (21), no Cemitério da Paróquia Santo Antônio de Orleans, em Curitiba.

Banda B
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