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Guilherme Mazieiro

Governo enviou 98 mil cestas básicas a Yanomamis, que vivem crise humanitária

Planalto quer instalar uma "casa de governo" em Roraima, estrutura para integrar ações dos ministérios, PF e Forças Armadas

9 jan 2024 - 14h58
(atualizado às 16h49)
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Imagem mostra uma vista aérea da Terra Indígena Yanomami.
Imagem mostra uma vista aérea da Terra Indígena Yanomami.
Foto: Alma Preta

O governo Lula (PT) enviou 98 mil cestas básicas às comunidades Yanomami ao longo de 2023. Há anos, os indígenas vivem em crise humanitária com pouco acesso a alimentos, atendimento de saúde e segurança em razão de invasões e garimpos ilegais em suas terras. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Social (MSD) enviados à coluna, foram entregues cerca de 8 mil cestas de alimentos por mês. Há ainda um estoque de 35 mil cestas nas unidades distribuidoras que atendem as comunidades da região.

A Terra Indígena Yanomami (TIY) reúne uma população de 31.007 indígenas residentes, divididas em cerca de 384 aldeias, de acordo com os dados de março de 2023 do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) do governo federal. Segundo o MDS, foram entregues 12,5 mil kits para produção de alimentos pelos indígenas (com ferramentas para manejo) e mais 1.875 casas de farinhas. Houve também a compra de 6.250 kits para produção agrícola e 6.250 kits para pesca. Dentre as ações para combater a situação, a pasta citou também a busca ativa para cadastrar famílias no Bolsa Família, atualmente são 18 mil beneficiados.

Nesta terça, 9, o presidente se reuniu com ministros para discutir o tema, fazer balanço das ações e projetar novas propostas para melhorar o combate aos crimes. O governo federal lançou uma ofensiva contra garimpeiros e invasores em janeiro do ano passado. Segundo informações divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo em dezembro, o Ministério Público Federal apontou que ao longo do ano, a gestão petista reduziu de maneira “drástica” ações nas terras Yanomami, resultando em um reingresso massivo de garimpeiros para a região.

Após o encontro, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que o governo faz uma avaliação "positiva" das ações e que o foco neste ano é fazer ações estruturantes para permitir uma presença definitiva do Estado na região com uma casa de governo. 

"Nós queremos reestruturar, o Estado brasileiro terá uma nova estrutura permanente na região que anunciaremos depois do Carnaval. Uma redefinição de ocupação das Forças Armadas e da Polícia Federal [na região]", disse Costa.

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, que também esteve na reunião, afirmou que a estrutura integrada do governo em Roraima vai melhorar a governança em nível local e dar mais articulação às ações integradas.

"[A casa de governo vai] garantir as condições de apoio para cada vez mais trabalharmos a inclusão em programa de proteção social na perspectiva de redução da pobreza pelo emprego, empreendedorismo", disse Dias.

Fonte: Guilherme Mazieiro Guilherme Mazieiro é repórter e cobre política em Brasília (DF). Já trabalhou nas redações de O Estado de S. Paulo, EPTV/Globo Campinas, UOL e The Intercept Brasil. Formado em jornalismo na Puc-Campinas, com especialização em Gestão Pública e Governo na Unicamp. As opiniões do colunista não representam a visão do Terra. 
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