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Condenada por golpe de quase R$ 1 milhão em formatura consegue registro de médica

Lembra dela? Mulher condenada por golpe de quase R$ 1 milhão em formatura consegue registro de médica

2 fev 2025 - 19h18
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Condenada por golpe de quase R$ 1 milhão em formatura consegue registro de médica
Condenada por golpe de quase R$ 1 milhão em formatura consegue registro de médica
Foto: Reprodução / Contigo

Condenada pela Justiça de São Paulo por estelionato, após desviar cerca de R$ 927 mil da festa de formatura da turma de Medicina da USP em 2022, Alicia Dudy Muller Veiga conseguiu ser registrada no Conselho Federal de Medicina (CFM). Uma busca pelo nome dela no site oficial do órgão confirma que sua matrícula está ativa desde 26 de dezembro do ano passado, sem especialidade registrada, mas com a situação "regular".

Alicia foi sentenciada em julho do ano passado pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Capital pelo crime de estelionato, "praticado de forma continuada por oito vezes", resultando em uma pena de cinco anos de reclusão em regime semiaberto. Além disso, a sentença determinou o pagamento de indenização às vítimas no mesmo valor do prejuízo causado. A decisão levou em consideração a gravidade dos atos cometidos e a confiança que a acusada havia conquistado dentro do grupo de estudantes.

De acordo com a denúncia, Alicia, que ganhou o apelido de "a golpista da USP" entre os colegas, utilizou sua posição de presidente da comissão de formatura para exigir da empresa organizadora do evento que os pagamentos dos alunos fossem transferidos para uma conta bancária de sua titularidade, omitindo essa informação dos demais integrantes da turma. A investigação apontou que a verba desviada foi utilizada para compras pessoais, como celular e relógio, aluguel de veículos, estadias em hotéis e investimentos financeiros.

Ao definir a pena, o juiz Paulo Eduardo Balbone Costa destacou a "acentuada reprovabilidade da conduta", considerando que o prejuízo financeiro atingiu quase R$ 1 milhão. "A ré se prevaleceu de sua condição de presidente da comissão de formatura para engendrar um plano destinado a se apossar do produto arrecadado ao longo de meses, com a contribuição de dezenas de colegas, a fim de obter lucro para si com a aplicação especulativa daquele capital. Traiu a confiança de seus pares, desviando recursos que pertenciam aos colegas de turma, o que revela maior opróbio do que a prática de estelionato contra vítima a quem não se conhece", afirmou o magistrado na sentença.

O caso gerou indignação na comunidade acadêmica e repercutiu nas redes sociais. Apesar da condenação, Alicia Dudy Muller Veiga conseguiu manter sua inscrição ativa no CFM, levantando debates sobre os critérios adotados pelo órgão regulador para o registro de profissionais com antecedentes criminais. A defesa da médica ainda não se manifestou sobre o caso, e o Conselho Federal de Medicina também não emitiu um posicionamento oficial até o momento.

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