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Como será a relação diplomática entre Brasil e EUA?

6 nov 2024 - 12h43
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Com a recente vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos, surgem dúvidas sobre como se desenharão as relações bilaterais entre o Brasil e os EUA. O assessor especial do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, Celso Amorim, defende uma abordagem pragmática nas interações com a nova administração americana. Esta perspectiva é fundada na ideia de que discursos de campanha nem sempre refletem ações políticas concretas.

Celso Amorim, assessor especial do presidente Lula, diz que relação entre os países será pragmática
Celso Amorim, assessor especial do presidente Lula, diz que relação entre os países será pragmática
Foto: depositphotos.com / Ruletkka / Perfil Brasil

Amorim destacou que, historicamente, os governos são frequentemente moldados por pragmatismo após a vigência de campanhas eleitorais agressivas. Citando experiências passadas, ele relembra como o governo de Lula soube manejar as críticas ao governo de George Bush e ainda manter relações saudáveis. A postura não-protecionista do Brasil permanecerá, defendendo a Organização Mundial do Comércio como um pilar fundamental do comércio global.

O papel do Brasil no contexto internacional

De acordo com o assessor especial, o Brasil se mantém aberto ao diálogo com a administração de Trump, embora detalhes sobre possíveis encontros ou ligações ainda sejam indefinidos. A atitude de abertura visa consolidar uma comunicação positiva, mesmo antes da posse oficial do presidente americano. A celebração pelo resultado, dita por Lula nas redes sociais, enfatiza a necessidade de cooperação internacional em temas cruciais como paz, desenvolvimento econômico e estabilidade global.

O forte vínculo econômico entre os dois países significa que qualquer oscilação nas relações políticas pode ter repercussões econômicas significativas. É neste contexto que Lula e sua equipe buscam solidificar um canal de diálogo aberto e construtivo.

Quais os impactos econômicos da vitória de Trump para o Brasil?

O mercado financeiro reagiu imediatamente à eleição de Trump. No Brasil, o dólar registrou um abrupto aumento, superando R$ 5,85 na abertura do mercado, enquanto o bitcoin alcançou um novo marco histórico no valor. Esses movimentos indicam a volatilidade inerente ao cenário global pós-eleições nos EUA. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, observa que as preocupações econômicas globais são naturais, mas acredita que o tom colaborativo do futuro governo pode mitigar alguns impactos esperados.

Haddad também reconhece que propostas de campanha frequentemente sofrem ajustes quando confrontadas com a realidade política e econômica. Desta forma, o governo brasileiro mantém uma postura vigilante, buscando proteger a economia local das incertezas externas.

Moderando as preocupações

O discurso de Donald Trump após a eleição, com um tom descrito como moderado, sugere uma possível suavização das propostas radicais veiculadas durante sua campanha. A administração brasileira espera que este comportamento seja um prenúncio de interações mais equilibradas entre Brasil e Estados Unidos. Para tanto, continuará a monitorar de perto os desenvolvimentos nos EUA, garantindo que o impacto sobre a economia nacional seja minimizado.

Com o passar do tempo, há uma expectativa de que a política internacional adotada por Trump se alinhe mais ao pragmatismo necessário para manter a estabilidade global, refletindo uma abordagem mais diplomática e menos protecionista.

Perfil Brasil
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