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Cometa Lemmon se aproxima da Terra; saiba como observar

A passagem do Lemmon coincide com outro espetáculo celeste: a chuva de meteoros Orionídeos

22 out 2025 - 10h57
(atualizado às 11h00)
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O cometa C/2025 A6 (Lemmon), uma descoberta recente de janeiro deste ano feita pelo observatório Mount Lemmon, no Arizona (EUA), está em seu ápice de brilho e visibilidade. A boa notícia para os observadores brasileiros é que o corpo celeste poderá ser avistado do Brasil e de várias partes do mundo nesta semana.

O cometa pode aparecer como um brilho esverdeado no céu
O cometa pode aparecer como um brilho esverdeado no céu
Foto: Wikimedia/Domínio Público / Perfil Brasil

Segundo projeções astronômicas, o cometa alcançou na última terça-feira (21) sua maior aproximação da Terra, passando a uma distância de cerca de 90 milhões de quilômetros. É justamente essa proximidade, antes de o cometa seguir em direção ao Sol, que o torna mais visível, pois a luz solar reflete com mais intensidade em sua superfície gelada. Após contornar o Sol no início de novembro (momento chamado de periélio), o Lemmon começará a se afastar gradualmente, desaparecendo do alcance dos telescópios. Sua próxima visita à Terra está prevista apenas para daqui a cerca de 1.300 anos.

A Royal Astronomical Society o classificou como o cometa mais fácil de ser visto em 2025, tanto no Hemisfério Norte quanto no Sul.

Cometa Lemmon

Em entrevista concedida ao portal g1, o astrônomo Gabriel Rodrigues Hickel, doutor em Astrofísica pelo Inpe e professor da Unifei, explicou a origem rara do astro: o Lemmon vem das regiões mais distantes e geladas do Sistema Solar, mais precisamente do Cinturão de Kuiper, que fica além da órbita de Netuno.

"Ele é um daqueles visitantes raros que vêm das partes mais externas do Sistema Solar. Pequeno, gelado e com uma trajetória muito alongada", detalha.

O astrônomo esclarece que o brilho visível do cometa ocorre pela reflexão da luz solar nos gases e poeira que se desprendem à medida que ele se aproxima do Sol. Esses materiais formam um envoltório chamado coma e são empurrados pelo vento solar, criando a famosa cauda que aponta sempre para o lado oposto do Sol.

Embora o cometa estivesse mais favorável ao Hemisfério Norte até o final de outubro, Hickel afirma que o "jogo vira" em breve. Segundo o especialista, o Lemmon pode ser visto a olho nu ou com binóculos em locais escuros. No entanto, aparecerá apenas como um ponto esverdeado.

"Não é espetacular como alguns cometas do passado, mas é bonito de ver. Quem estiver longe das luzes das cidades tem boas chances de avistá-lo pouco antes do amanhecer", conclui.

Perfil Brasil
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