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Prédio desaba no centro de São Paulo após incêndio; pelo menos uma pessoa está desaparecida

1 mai 2018 - 14h11
(atualizado às 14h13)
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Um prédio de mais de 20 andares na região central da cidade de São Paulo desabou na madrugada desta terça-feira após pegar fogo, deixando pelo menos uma pessoa desaparecida, segundo informações dos Bombeiros.

Bombeiros tentam extinguir incêncio em prédio que desmoronou no centro de São Paulo 1/05/ 2018. REUTERS/Paulo Whitaker
Bombeiros tentam extinguir incêncio em prédio que desmoronou no centro de São Paulo 1/05/ 2018. REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

As causas do incêndio, no prédio da União que abrigava uma ocupação irregular com 150 famílias cadastradas pela prefeitura, ainda são desconhecidas.

O porta-voz do corpo do Bombeiros, capitão Marcos Palumbo, disse à Reuters que no momento em que o prédio de 22 andares desabou a equipe tentava resgatar um homem, que acabou caindo com os escombros do edifício.

Até o momento, o porta-voz dos Bombeiros disse que este homem é única vítima conhecida e que as chances de sobrevivência são pequenas. Ele acrescentou que há boatos de mais pessoas desaparecidas, mas sem confirmação até o momento.

O presidente Michel Temer esteve no local do desabamento, onde foi hostilizado por pessoas que estavam na região.

Em sua rápida passagem pelo local, Temer afirmou que estava em São Paulo e não poderia deixar de comparecer e "dar apoio àqueles que perderam suas casas".

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, disse a repórteres no local do desabamento que a cidade tem outros 70 prédios em situação semelhante e 200 áreas invadidas na cidade. "Estamos falando de 45 mil famílias", disse o prefeito.

Covas afirmou ainda que a prefeitura tinha 150 famílias cadastradas como moradoras do local e que vinha conversando com essas famílias para alertar sobre os riscos do prédio, ao mesmo tempo em que conversava com o governo federal para receber a propriedade do prédio e poder, eventualmente, atuar com um processo de desintegração de posse.

O Ministério do Planejamento informou que o edifício não estava na programação de vendas de imóveis da União e que havia sido cedido provisoriamente pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU/MP) à prefeitura de São Paulo no ano passado, quando já estava ocupado de forma irregular.

"Por esse motivo, a responsabilidade pelo pedido de reintegração não era exclusiva nem da SPU e nem da prefeitura do município, mas sim de ambas as instituições", disse o Ministério do Planejamento, em comunicado, acrescentando que a SPU e a Secretaria de Habitação de São Paulo vinham trabalhando para buscar a reintegração amigável do local.

Segundo o prefeito da cidade, o governo do Estado se ofereceu para financiar o aluguel social para ajudar as famílias que ficaram desabrigadas após o desabamento do prédio.

Em comunicado à imprensa, a Presidência da República informou que Temer determinou ao ministro da Integração Nacional, Antonio de Pádua, "o empreendimento de todos os esforços para minimizar os danos causados" pelo incêndio e desabamento de prédio em São Paulo. 

A Defesa Civil também informou que está trabalhando para acompanhar as buscas e o atendimento às pessoas no local do desababamento.

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