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Política

Lula conversa com chanceler e negociador do Brics sobre escalada de tensão com Estados Unidos

Presidente chama ministro e embaixador ao Alvorada para ouvir avaliações sobre crise com Trump após revogação dos vistos de ministros do STF

19 jul 2025 - 16h06
(atualizado às 16h34)
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Resumo
Lula reuniu-se com chanceler e negociador do Brics para discutir a crise com os EUA, incluindo sanções a ministros do STF e tensões comerciais; agenda de desdolarização e questões diplomáticas estão em destaque.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Foto: MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu neste sábado, 19, no Palácio da Alvorada, com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o embaixador Mauricio Lyrio, negociador do Brasil no Brics. Preocupado com o tarifaço de 50% imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtos brasileiros, Lula se informou sobre o andamento das negociações.

Até agora não há sinais de que a Casa Branca vá recuar. Nos bastidores do governo, porém, a avaliação é a de que Trump usou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na ação sobre a trama golpista como pretexto para reagir ao avanço do Brics.

Trump faz nova ameaça ao BRICS e diz que grupo 'vai acabar rapidamente':

Nesta sexta-feira, 18, Trump repetiu a ameaça de taxar em 10% os produtos de países do bloco que são vendidos para os EUA. Disse, ainda, que o grupo "acabará muito rapidamente" caso se forme "de modo significativo". "Nunca podemos deixar ninguém brincar conosco", afirmou o presidente dos EUA.

A agenda de desdolarização no Brics está na mira de Trump. Embora Lula sempre defenda "uma nova moeda de comércio internacional", o bloco não aceita a ideia. Estuda, porém, um sistema de pagamento internacional, chamado de Brics Pay, para facilitar o comércio e as transações financeiras em moedas locais.

Em conversas reservadas, ministros dizem que o discurso da defesa de Bolsonaro, com a "descabida cobrança" para que o Supremo Tribunal Federal pare o julgamento e conceda anistia aos condenados, não passa de uma desculpa.

Lula critica revogação de vistos americanos de ministros do STF: 'Sem fundamento':

Na manhã deste sábado, 19, Lula prestou solidariedade aos ministros do STF que tiveram os vistos revogados pelos Estados Unidos. Além de Alexandre de Moraes - relator da ação sobre a tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023 -, o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, e os ministros Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes tiveram os vistos de entrada nos EUA cassados. O procurador-geral da República, Paulo Gonet - que apresentou denúncia contra Bolsonaro -, também figura nessa lista.

O anúncio da sanção foi feito nas redes sociais pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, após a decisão de Moraes, que impôs uma série de medidas restritivas a Bolsonaro, incluindo o uso da tornozeleira eletrônica.

Para ministros do STF ouvidos sob reserva, a carta de Trump a Bolsonaro, na quinta-feira, 17 - dizendo que ele está recebendo "tratamento terrível" de um "sistema injusto" que o persegue - foi mais indício de que o ex-presidente preparava um plano de fuga. Nenhum deles vê chance de aprovação de um projeto de anistia pelo Congresso.

Além de conversar sobre a crise com os Estados Unidos com Vieira e Lyrio - que também é secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores -, Lula tratou da viagem ao Chile. O presidente embarca neste domingo, 20, para Santiago, onde participará, na segunda-feira, de uma reunião de alto nível sobre a defesa da democracia.

Estadão
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