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Polícia

Guardar dinheiro na cueca foi reação impensada, diz senador

Chico Rodrigues foi afastado das funções de parlamentar por 90 dias por ordem do ministro do STF Luís Roberto Barroso

19 out 2020 - 15h32
(atualizado às 16h07)
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O senador afastado Chico Rodrigues (DEM-RR) disse que o dinheiro encontrado em sua cueca durante operação da Polícia Federal na semana passada de combate a desvio de recursos no enfrentamento ao covid-19 tem "origem particular comprovada e se destinava ao pagamento dos funcionários de empresa da família do senador", informou a defesa do senador em nota divulgada nesta segunda-feira.

Senador Chico Rodrigues em Brasília
09/08/2019 REUTERS/Adriano Machado
Senador Chico Rodrigues em Brasília 09/08/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"O senador jamais sofreu qualquer condenação, ao longo de todos esses anos que se dedicou à vida pública, e agora está sendo linchado por ter guardado seu próprio dinheiro. Foi uma reação impensada, de fato, mas tomada diante de um ato de terrorismo policial, sem que haja qualquer evidência de desvio em sua conduta", afirmou.

"Ter dinheiro lícito em casa não é crime. O único ato ilícito deste caso é o vazamento dos registros da diligência policial arbitrária que ele sofreu", completou a nota assinada pelos advogados Ticiano Figueiredo, Pedro Ivo Velloso e Yasmin Handar, que representam o senador.

Chico Rodrigues foi afastado das funções de parlamentar por 90 dias na quinta-feira passada por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, um dia após ele ter sido flagrado escondendo dinheiro na cueca em operação da PF.

A decisão de Barroso, que foi comunicada ao Senado, a quem cabe mantê-la ou revertê-la, vai ser apreciada pelo plenário do Supremo nesta quarta-feira.

A nota da defesa do senador foi divulgada para se manifestar sobre "fatos ocorridos na última semana" e a uma reportagem sobre o assunto que foi ao ar no domingo no Fantástico, da TV Globo. Manifestou-se pela "perplexidade com o linchamento sofrido por ele, sem que haja qualquer prova contra sua conduta".

A manifestação disse ainda que os recursos destinados por emenda parlamentar à covid-19 em seu estado "seguem nas contas do governo, de forma que nem ele, nem ninguém, poderia deter esses recursos".

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