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Em tom amistoso, Bolsonaro assina 9 atos com a China

Presidente disse que China "faz parte do futuro do Brasil"

13 nov 2019 - 14h55
(atualizado às 16h55)
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O presidente Jair Bolsonaro e o mandatário chinês, Xi Jinping, assinaram hoje (13) nove atos de cooperação entre os dois países, durante uma reunião oficial em Brasília.

Presidente disse que China "faz parte do futuro do Brasil"
Presidente disse que China "faz parte do futuro do Brasil"
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Foram cinco memorandos para entendimento de cooperação e fortalecimento nas relações bilaterais, um plano de ação para a agricultura, um tratado sobre transferência de condenados pela Justiça e dois protocolos sanitários para exportação de pera chinesa ao Brasil e de melão brasileiro à China.

"Os acordos assinados, bem como os protocolos de intenção, serão potencializados por nós para o bem dos nossos povos", disse Bolsonaro, que conduziu o encontro no Palácio do Itamaraty. Xi Jinping está em Brasília para participar da 11ª Cúpula dos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que começou hoje.

O encontro com Bolsonaro ocorre menos de um mês depois do presidente brasileiro fazer uma viagem oficial à China. Na ocasião, foram assinados acordos e memorandos de entendimento em política, ciência, tecnologia, educação, economia, comércio, energia e agricultura. Assim como fizera durante sua estadia em Pequim, Bolsonaro voltou a adotar um tom mais ameno e amistoso em relação à China, bem diferente do que usava em sua campanha eleitoral e no início de seu mandato, quando chegou a acusar Pequim de "comprar o Brasil".

"A China cada vez mais faz parte do futuro do Brasil. O nosso governo vai cada vez mais tratar com o devido carinho, respeito e consideração esse gesto do governo chinês", disse Bolsonaro nesta quarta-feira. A China é o maior parceiro comercial do Brasil atualmente.

Até outubro, o Brasil importou US$ 30,077 bilhões da China e exportou US$ 51,5 bilhões - a maior parte em commodities. Mas uma das principais queixas do governo Bolsonaro é diversificar as vendas para a China, exportando itens de maior valor agregado.

Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje que o Brasil precisa buscar maior integração com o mundo e sinalizou uma negociação para criar uma área de livre comércio com a China.   

As declarações foram feitas durante a abertura do "Seminário NDB e o Brasil: Parceria Estratégica para o Desenvolvimento Sustentável", também em Brasília. O NBD é o banco de desenvolvimento do Brics.    

"Estamos conversando com a China sobre a possibilidade de 'free trade', ao mesmo tempo que falamos sobre entrar na OCDE [Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico]", disse o ministro, evitando, porém, falar das tratativas com o governo chinês. Cúpula dos Brics- Ainda hoje, o governo brasileiro oferecerá um jantar em homenagem aos líderes dos Brics e, amanhã (14), também na sede do Ministério das Relações Exteriores, acontecem as sessões plenárias e o almoço de encerramento da cúpula.

Presidida pelo Brasil, a reunião do Brics tem como lema "Crescimento Econômico para um Futuro Inovador".

Segundo o Itamaraty, serão discutidos, prioritariamente, temas relacionados à ciência, tecnologia e inovação, economia digital, saúde, e combate à corrupção e ao terrorismo.

Ansa - Brasil   
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