Crachá falso, uso de peruca: o que se sabe sobre suspeita de envenenar família com ovo de Páscoa
Menino de 7 anos morreu após comer chocolate, e mãe dele e irmã estão internadas; suspeita é ex do namorado de uma das vítimas
Mulher é presa no Maranhão por suspeita de envenenar família com ovo de Páscoa, resultando na morte de um menino de 7 anos e internação da mãe e irmã dele; ciúmes e vingança seriam os motivos do crime.
Uma mulher de 35 anos foi presa na tarde desta quinta-feira, 17, pela Polícia Civil do Maranhão como principal suspeita de enviar um ovo de Páscoa envenenado a uma família em Imperatriz. O chocolate causou a morte de um menino de 7 anos e deixou sua mãe e irmã internadas em estado grave.
Veja o que já se sabe sobre o caso:
Quem é a suspeita?
Identificada como Jordélia Pereira Barbosa, ela foi presa após investigações que a apontaram como autora do crime.
Qual foi a motivação do crime?
A polícia acredita que ciúmes e vingança tenham sido os motivos, já que Jordélia é ex-namorada do atual companheiro de uma das vítimas, Mirian Lira.
Quem são as vítimas?
- Mirian Lira (mãe) – internada em estado grave.
- Evelyn Fernanda, 13 anos (filha de Miriam) – também hospitalizada.
- Luís Fernando, 7 anos (filho de Miriam) – morreu após comer o chocolate.
O menino foi o primeiro a passar mal e foi levado ao Hospital Municipal de Imperatriz (HMI), onde foi entubado, mas não resistiu. Mirian começou a apresentar sintomas (mãos roxas e dificuldade para respirar) já no hospital, sendo levada à UTI. Pouco depois, a filha também adoeceu.
Como o chocolate chegou até a família?
Na noite de quarta-feira, 16, um motoboy entregou o ovo de Páscoa na casa das vítimas, com um cartão escrito "Com amor, para Miriam Lira. Feliz Páscoa". Minutos depois, uma mulher ligou para Miriam perguntando se o presente havia chegado. Quando questionada sobre quem enviou, a suspeita apenas respondeu que "ela iria descobrir". A família comeu o chocolate pouco depois.
Como o crime foi planejado?
A polícia rastreou imagens de câmeras de segurança que mostravam Jordélia usando peruca enquanto comprava o chocolate em uma loja de Imperatriz. Testemunhas e familiares também a apontaram como suspeita.
Ela viajou quase 400 km (de Santa Inês a Imperatriz) para executar o plano, segundo apontam as investigações. Para se hospedar, usou um nome falso (Gabrielle Barcelli) e alegou ser uma mulher trans em processo de troca de documentos. Um crachá adulterado foi encontrado com ela, de acordo com informações obtidas pelo Jornal Nacional.
Como a polícia a prendeu?
Com ajuda de inteligência policial, agentes interceptaram o ônibus em que Jordélia voltava para Santa Inês, cidade onde mora. Ela foi presa em flagrante e, após audiência de custódia na sexta, 18, teve prisão preventiva decretada, sendo transferida para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.
O que foi apreendido com ela?
- Duas perucas (loira e preta).
- Restos de chocolate.
- Remédios não identificados.
- Bilhetes de ônibus (um deles comprado na segunda, 14, dois dias antes do crime).
O caso segue sob a investigação da Polícia Civil de Maranhão. O Terra tenta localizar a defesa de Jordélia, o espaço permanece aberto para manifestações.